RETALIAÇÃO FISCAL DE COVAS PODE PREJUDICÁ-LO, DIZ ACM



Na avaliação do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, o maior prejudicado pelas medidas de retaliação fiscal adotadas pelo governo de São Paulo será o próprio governador do estado, Mário Covas. O senador descartou, nesta terça-feira, dia 18, que a guerra fiscal entre São Paulo e diversos estados possa ter desdobramento político-partidário, especialmente afetando as relações entre dois dos partidos que compõem a base de sustentação parlamentar do governo Fernando Henrique Cardoso, como PFL e PSDB.
- Tasso Jereissati (governador do Ceará) é do PSDB e também é uma vítima do Covas - exemplificou.
Antonio Carlos entende que o caminho natural para resolver essa situação será o judicial. "São medidas inconstitucionais que serão derrubadas pela Justiça e, consequentemente, ele (Covas) ficará numa situação mais difícil que a dos governadores dos estados que pretende prejudicar", afirmou. O senador avaliou que os estados prejudicados acabarão entrando na justiça. "Ele próprio (governador de São Paulo) admitiu isso, pois é do sistema democrático", concluiu.

18/01/2000

Agência Senado


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