Ricardo Ferraço sugere que Dilma implemente reforma e fusão de ministérios
A título de "estimular" a presidente da República, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse nesta quinta-feira (1º) que, ao realizar a prometida reforma ministerial, Dilma Rousseff poderia também fundir alguns dos 38 Ministérios para evitar superposição de decisões e facilitar a gestão do governo. Ele sugeriu que, em lugar de priorizar os partidos da base governista, que se priorize o contribuinte brasileiro, a sociedade brasileira.
- O presidente da República Tancredo Neves tinha 21 ministérios. Então, há necessidade, de fato, de ordenarmos melhor, organizarmos melhor para que possamos colocar como prioridade de pauta a eficiência pública, para que possamos reconhecer a necessidade e a importância, não importa se Estado mínimo ou se Estado máximo. Às favas com esse debate. O importante é que possamos ter um Estado que possa priorizar o interesse da população brasileira, que o nosso país possa continuar avançando e oferecendo respostas mais efetivas ao contribuinte brasileiro - afirmou.
Ricardo Ferraço assinalou que essa reforma ministerial, além de combater a corrupção, serviria para combater todo e qualquer tipo de desperdício e de ineficiência, que causam atrasos no atendimento das demandas e prioridades da sociedade brasileira. Ele disse que, até o final de dezembro, o Senado viverá dias tensos devido à pauta de votação muito delicada.
Em aparte, o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) disse, em aparte, que se uniria a Ricardo Ferraço para criar uma "trincheira" para conscientizar e dar apoio à presidente Dilma Rousseff, pois diz ter certeza que ela está sendo forçada a manter os 38 ministérios.
Código Florestal
Ricardo Ferraço também assinalou que, na próxima terça-feira (6), o Senado deve votar o novo Código Florestal (PLC 30/2011). Ele disse que o novo Código talvez não seja o dos sonhos, "mas o ótimo é inimigo do bom. Às vezes, você mira o ótimo e esquece que o bom é satisfatório para esse momento. Essa foi a obra possível". O senador perguntou quem poderia duvidar da "responsabilidade ambiental" do senador Jorge Viana (PT-AC), que, juntamente com o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), é um dos relatores da matéria.
- Na próxima terça, estaremos aqui, e eu, com muita convicção, darei o meu voto favorável para que possamos ter um Código que possa ser apropriado pela sociedade brasileira. Estou consciente de que este foi o melhor Código possível de ser construído. Mas teremos outros temas em nossa pauta. Há a questão da DRU [Desvinculação das Receitas da União] - salientou.
Concurso do Senado
Ferraço também criticou a decisão do Senado Federal de realizar um novo concurso público para contratação de servidores. Ele lembrou que relatou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) um projeto de reforma administrativa para a Casa e que o presidente da comissão, senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) se comprometeu a colocá-lo em votação ainda este ano.
- Quando o Senado não faz a sua própria reforma administrativa, repensando e refundando os seus princípios, os seus valores e os seus conceitos,
não está dando bom exemplo para as assembleias e para as câmaras de vereadores. Como fazer um concurso público em meio a uma reforma que está em curso? Como fazer um concurso público em meio a um trabalho duro que fizemos na Comissão de Justiça? Tudo isso é olhado, é espelhado Brasil afora.
01/12/2011
Agência Senado
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