RICARDO SANTOS DÁ SUGESTÕES PARA AUMENTAR PRODUTIVIDADE DO CAFÉ BRASILEIRO



Sugestões para elevar a competitividade da cafeicultura brasileira foram feitas, em discurso no plenário, pelo senador Ricardo Santos (PSDB-ES), nesta sexta-feira (dia 4). Ricardo Santos destacou a relevância econômico-social do produto na história do País e informou que, atualmente, 3,5 milhões de pessoas vivem da cafeicultura, setor importante para a geração de superávit comercial. Santos destacou que o Brasil é o maior exportador mundial de café verde e solúvel. "É fundamental estabelecer uma política cafeeira partilhada entre os agentes públicos e os segmentos privados", defendeu.
Na opinião do senador, o Brasil está em situação vantajosa frente à questão tecnológica, graças aos esforços da Embrapa e outras instituições de pesquisa. Para o senador, o ponto mais vulnerável para o Brasil é a disponibilização de crédito adequado aos cafeicultores. "O crédito escasso e os juros elevados constituíram-se em fatores de inibição ao acesso às tecnologias disponíveis para os nossos cafeicultores".
Lembrando que os principais estados produtores de café são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia, Ricardo Santos informou que, em 1999, o produto propiciou US$ 2,4 bilhões às exportações brasileiras. Entre as medidas para o incremento da produção, o senador sugeriu a regularização do fluxo de investimento em pesquisas tecnológicas, difusão de cooperativas e associações de produtores e a inclusão sistemática da produção cafeeira nos Planos de Safra do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
O senador indicou ainda a reavaliação, junto a Associação dos Países Produtores de Café, de patamares de preços que deverão lastrear a política de retenção, procurando eliminar a possibilidade de crescimento contínuo da oferta mundial. Santos pediu também a adoção de mecanismos de acompanhamento e controle do cumprimento de acordos para os países da associação.
O senador destacou que os principais concorrentes do Brasil na cafeicultura são Colômbia, Peru, México, Guatemala e Honduras, além da Ásia, com o robusta. O senador destacou que o governo estabeleceu regras de retenção de 20% do café exportável. "Não estão claros os efeitos a médio e longo prazos da medida, mas a proposição do governo vem atender aos anseios dos diversos segmentos do agronegócio", acredita. Finalizando, o senador pediu a inclusão do Espírito Santo no Programa de Combate à Pobreza anunciado pelo Governo Federal, incluindo municípios que apresentem baixos índices de desenvolvimento humano.

04/08/2000

Agência Senado


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