Roberto Cavalcanti comemora crescimento da produção automobilística no Brasil
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) comemorou em Plenário nesta terça-feira (11) o crescimento da produção automobilística nacional, estimulado pelas medidas governamentais adotadas durante a crise econômica mundial, que se agravou em setembro de 2008.
O parlamentar avalia que, mesmo com nova crise detonada na Europa, em países como Portugal, Islândia, Grécia e Espanha, o Brasil está consolidando sua indústria automobilística, com a instalação de novas fábricas, a ampliação de parques de montadoras já existentes e a instalação de novas montadoras de diversas origens.
- No Brasil, há uma forte tendência de o mercado brasileiro absorver mais veículos - observou.
A produção brasileira de veículos em 2009 superou em 500 mil unidades a do ano de 2008, o que corresponde à produção anual argentina, conforme dados da Associação Brasileira de Veículos Automotores (Anfavea). O número chegou a 3,1 milhões de automóveis em 2009, informou o senador.
As empresas nacionais teriam se sustentado, salientou, com as medidas do governo para combater a crise de 2008, como redução da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e as facilidades de financiamento.
Potencial de demanda
O senador citou a empresa de consultoria America CSM Worlwide segundo a qual enquanto a produção mundial deverá crescer no atual quinquênio (2010-2014) 35%, a América Latina crescerá 41%, passando de 4,1 milhões de automóveis para 5,8 milhões, com o Brasil "na liderança".
A Worlwide, explicou Roberto Cavalcanti, projeta o potencial de crescimento da indústria no chamado potencial de demanda, medido pelo índice dehabitante por veículo, que, no Brasil, é de 7,4, enquanto no México é de 4,1, e em países desenvolvidos como França e Alemanha se situa entre 1,5 e 2.
- Os analistas dizem que, embora o potencial da China seja maior, pelo gigantismo de sua população e pelas taxas elevadas de crescimento econômico que vem mantendo, o Brasil tem a vantagem cultural de uma história de mais de cinquenta anos de implantação dessa indústria, o que garante uma mão de obra mais preparada e uma estrutura de qualificação dos trabalhadores mais consolidada - comparou.
Investimentos
A reativação da fábrica da Mercedes em Juiz de Fora (MG) e o anúncio de investimentos R$ 6,2 bilhões da Volkswagen - "o maior desde o início da década" - e de R$ 2 bilhões da General Motors na unidade de Gravataí (RS) estão entre os investimentos das montadoras que já atuam no país, apontou Roberto Cavalcanti. Ele destacou novos empreendimentos estrangeiros, entre os quais modelos de pequena potência da chinesa Byd; a venda do modelo Nano da indiana Tata; a nova linha Sportage da coreana Kia, a ser importada da Coreia do Sul; e a venda do modelo Micra da japonesa Nissan, a ser fabricado no México.
11/05/2010
Agência Senado
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