Roberto Cavalcanti defende punição a institutos por erros em pesquisas eleitorais
Depois de afirmar que houve erros superiores a dez pontos percentuais nas pesquisas eleitorais do último domingo (3), o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) defendeu em discurso que as empresas de pesquisas sofram algum tipo de punição da Justiça Eleitoral. Para ele, é inaceitável que essas empresas "ganhem milhões de reais, errem e tudo fique por isso mesmo".
Conforme o senador, os "enormes erros" das empresas enganam o eleitor, que é induzido a erro, a imprensa, que faz a divulgação, e os próprios candidatos, que agem de acordo com os resultados. Margens de erro de erro "de dois ou três por cento" são muito baixas e as instituições de pesquisa deveriam elevá-las, recomendou Roberto Cavalcanti.
- Quando um juiz de futebol começa a errar, logo ele é afastado. Por que institutos podem errar ano após ano e continuar oferecendo seus dados ao público? No meu estado, a Paraíba, o candidato ao Senado que estava em último lugar foi o eleito. Como isso pode acontecer? - questionou o senador.
Sucesso brasileiro no exterior
No mesmo discurso, o senador enalteceu empresas brasileiras que vêm obtendo sucesso no exterior, citando a Vale e a Petrobras. Disse que o último caso coube a um grupo de investidores brasileiros reunidos na 3G Capital, que comprou o controle da rede norte-americana de fast-food Burger King.
Roberto Cavalcanti sustentou que por trás do sucesso de empresasbrasileiras no exterior "há uma política de Estado bem definida para esse fim" executada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmou que o BNDES dispõe inclusive de uma linha de crédito específica para a internacionalização de empresas brasileiras, "com resultados já bastante significativos".
Registrou ainda que, em setembro, a GE americana anunciou que investirá cerca de R$ 200 milhões em um centro de pesquisa e desenvolvimento tenológico no Brasil.
- A decisão é bastante emblemática: já não somos mais apenas importadores ou meros montadores dos produtos eletrônicos mais modernos. Temos, agora, a necessidade e a condição de desenvolvê-los conjuntamente - afirmou Cavalcanti. Ele foi apoiado, em aparte, pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
06/10/2010
Agência Senado
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