ROBERTO FREIRE QUER IMPEDIR PRIVATIZAÇÃO DO BANCO DO BRASIL E DA CEF
Freire entende que é competência exclusiva do Congresso Nacional impedir ato do Executivo que ultrapasse o poder regulamentar ou os limites da delegação, conforme definidos na Constituição. Ele explicou que a lei que alterou o Programa de Desestatização determina que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal não são alvo de privatização. E argumentou que, aprovando esse projeto, o Legislativo estará exercendo plenamente suas atribuições constitucionais.
- Fica claro que qualquer ação do Executivo, mesmo as de caráter administrativo, visando aplicar a desestatização prevista na lei às duas das nossas mais importantes e destacadas instituições financeiras, caracteriza exorbitância regulamentar e legal - disse Freire.
Freire apresentou esse projeto no ano passado, exatamente depois de o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, ter dito em sabatina no Senado que um grupo intergovernamental havia sido criado para estudar e se pronunciar oficialmente sobre a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras. Para o senador, a forma evasiva como Armínio Fraga respondeu à pergunta já manifestava claramente a posição privatista do presidente do BC.
O parlamentar entende que, na cultura política brasileira, há uma tendência de colocar o Poder Legislativo em posição subalterna, sendo "inúmeros os exemplos de ações normativas, administrativas e até com força de lei do Executivo, desrespeitando o ordenamento jurídico brasileiro". Lembrando que o Senado não tem faltado aos interesses nacionais, ele disse que esse comportamento do Executivo prejudica a democracia e a sociedade, por isso o projeto deve ser aprovado.
25/08/2000
Agência Senado
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