ROCHA ALERTA PARA RISCO DE AGRESSÃO EXTERNA NA AMAZÔNIA



O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) alertou nesta quinta-feira (dia 17), no plenário da Casa, para os riscos de uma "agressão externa na Amazônia", citando depoimento do comandante militar da Amazônia, general Luiz Gonzaga Lessa, na CPI da Funai da Câmara dos Deputados. A tendência para a próxima década, segundo o militar, seriam as intervenções militares por "razões ambientais", da mesma forma que as intervenções militares desta década invocam as "razões humanitárias".O parlamentar disse que os constantes alertas que faz sobre o tema "não são paranóia ou tentativa de chamar a atenção". O depoimento do comandante militar da Amazônia, segundo ele, tornou mais claros os riscos que o país corre de uma intervenção externa naquela região, em função da ausência do Estado em vastas porções do território. As constantes declarações de personalidades internacionais apontando a Amazônia como "patrimônio ambiental da humanidade" devem preocupar as autoridades do país, observou o senador pelo Amapá. Ele mencionou a hostilidade de um cartão postal britânico, apresentado pelo general Lessa em seu depoimento na Câmara, cujo texto diz: "Lute pela Amazônia, queime um brasileiro". CÂNCER Em pronunciamento, Sebastião Rocha também pediu mais atenção das autoridades para as campanhas de prevenção do câncer de próstata. O parlamentar apoiou projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados sobre o assunto e anunciou a intenção de propor audiências públicas nas comissões técnicas da Casa, quando o projeto chegar ao Senado, para debater a importância de uma política de prevenção para essa doença. Ele lamentou o "tabu masculino ainda existente em torno dela".Citando dados da Organização Mundial da Saúde, Sebastião Rocha disse que a cada ano o câncer atinge pelo menos 9 milhões de pessoas e mata cerca de 5 milhões. No Brasil, atualmente, o câncer representa a segunda causa de morte por doença, estimando-se a ocorrência de 55,9 mil óbitos em homens e 48,3 mil em mulheres.Rocha informou que o câncer de próstata ocupa a terceira posição entre os tipos mais comuns de câncer nos homens, ressaltando que as dificuldades de diagnóstico são um obstáculo adicional, juntamente com a resistência masculina em realizar exames preventivos com regularidade anual, a partir dos 50 anos de idade. O parlamentar concluiu com um apelo em favor da elaboração de uma política de prevenção ostensiva do câncer de próstata.

17/06/1999

Agência Senado


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