ROCHA MANIFESTA APREENSÃO DA BANCADA COM O FUTURO DO PDT
Juntamente com o governador do Rio de Janeiro também saíram do PDT cinco dos oito deputados federais, 15 dos 17 deputados estaduais, 12 dos 14 secretários de estado e de seis mil a 11 mil filiados. Anthony Garotinho deixou o PDT depois de vários desentendimentos com o presidente de honra do partido, o ex-governador Leonel Brizola.
- Faltou astúcia a Garotinho para compreender que ele seria o sucessor natural de Brizola. Bastaria buscar o entendimento intrapartidário para tornar-se seu sucessor. Mas ele se precipitou. De modo açodado, tentou abreviar o processo de lançamento do seu nome à Presidência da República - afirmou Rocha.
Embora não considere Leonel Brizola como responsável pelo "racha" no PDT, o senador atribuiu, "em parte", à impaciência do ex-governador os fatos ocorridos.
- Não tenho a ousadia de condenar Brizola; considero-o um grande líder. Caberá à História dizer quem esteva certo - disse o senador.
Para o senador, o principal prejudicado é o partido que, na sua avaliação, já havia se tornado uma agremiação respeitada nacionalmente. Prova disso, afirmou, é a falta de perspectivas que o PDT enfrenta para lançar um candidato a curto e médio prazos para a Presidência da República.
- Não acredito nesse partido se ele não tiver um nome que possa se tornar o timoneiro de um projeto político - advertiu .
Outro motivo de apreensão para a bancada pedetista é a fusão com o PTB. Sebastião Rocha disse que, a essa altura, não se sabe se o PDT vai manter sua convicção pragmática ou será influenciado pelo que antes era criticado no PTB.
16/11/2000
Agência Senado
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