Rollemberg pede que não haja antecipação da campanha eleitoral
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) se mostrou contrário à antecipação do processo eleitoral que, segundo ele, só deveria ter início em 2014. Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (23), ele afirmou que os partidos precisam estar unidos para ajudar a presidente Dilma a superar os obstáculos e as dificuldades, para que o país volte a crescer.
O senador informou que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) tem uma agenda política e econômica complexa e que é muito cedo para se deliberar sobre uma possível candidatura à presidência da República. Ele chegou a propor que o PSB só tome a decisão política quando o prazo de filiações partidárias for encerrado, sendo contrário à ideia de se convocar a executiva do partido para decidir sobre um possível nome para 2014.
– O governador Eduardo Campos, com a responsabilidade que lhe é peculiar, tem dito que precisamos vencer 2013 e nos concentrar em 2013. Não podemos montar palanques eleitorais em 2013 – afirmou o senador.
Como líder do partido ele registrou que o PSB não tem por que e não irá se definir em relação à candidatura presidencial neste momento, "até porque seria ilegal".
Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) considerou a antecipação política indevida por acreditar que o governo precisa se concentrar nas políticas econômicas sobre a inflação e as taxas de juros. Também o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) concordou que houve uma antecipação política indevida, antecipada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
– Impor candidaturas a partir da cúpula e iniciar o processo eleitoral realmente não contribui para a governabilidade do país, não contribui com um processo eleitoral com a limpidez que se exige e não contribui também para o aprimoramento da democracia – afirmou Alvaro Dias.
Tempo de TV
No mesmo pronunciamento, Rollemberg se declarou contrário ao Projeto de Lei 4470/2012, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos parlamentares que mudam de partido durante a legislatura. O projeto foi aprovado na Câmara, mas aguarda votação dos destaques.
Rollemberg afirmou que impetrará mandado de segurança preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a votação no Senado. Isso porque, na opinião do parlamentar, a decisão do STF no julgamento sobre a criação do PSD – no qual foram definidos critérios da livre organização partidária, direito de antena e direito de ter os recursos do fundo partidário – já vale para todos os outros partidos.
– E nós não podemos ter partidos de primeira categoria e partidos de segunda categoria, parlamentares de primeira categoria e parlamentares de segunda categoria. No caso da ex-Senadora Marina Silva, nós estamos assistindo a um vergonhoso espetáculo protagonizado pela Câmara, pelos grandes partidos da Câmara, a um casuísmo eleitoral enorme, no sentido de dificultar a sua presença, a sua participação no processo eleitoral – lamentou Rollemberg.
23/04/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
TRE pede apoio para campanha de alistamento eleitoral de menores
Osmar pede que não haja obstrução na votação do Supersimples
Rollemberg garante que PSB não antecipará debate eleitoral
Prefeito de Cuiabá pede a Sarney que não haja interferência política na escolha das cidades que sediarão a Copa de 2014
César Borges pede antecipação do empenho das emendas parlamentares
Começa a campanha eleitoral