Romeu Tuma faz apelo em favor da Polícia Federal



O senador Romeu Tuma (PFL-SP) fez nesta terça-feira (6) um apelo -sincero e de coração- ao governo para que repense o corte orçamentário de 21% aplicado na estrutura da Polícia Federal (PF), acabando com setores como o de inteligência. Tuma, que foi diretor-geral da PF, disse no entanto entender as razões do governo que, para não onerar o estado, -está tentando montar novos ministérios com pedaços de outras estruturas-.

Romeu Tuma disse ainda que o aumento do efetivo da PF anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, não acontecerá como se pensa, pois ainda será preciso realizar concursos públicos e submeter os aprovados à formação específica.

O senador também manifestou o seu orgulho pelo trabalho social que vem sendo desenvolvido por jovens agentes da PF integrantes da Operação Cobra, na região de Tabatinga, no Amazonas, junto às comunidades em que atuam.

- O ministro da Justiça disse que é uma experiência que vale a pena ser implantada em outras regiões - afirmou.

Tuma disse ainda que embora as Forças Armadas não se julguem preparadas para intervir numa guerra urbana contra o crime organizado, estão acompanhando -de perto- o desenrolar das questões de segurança pública.

- No tempo em que estive na PF, nunca houve uma negativa das Forças Armadas para qualquer apoio em nossas operações de combate ao narcotráfico na Amazônia - lembrou.

O senador Tião Viana (PT-AC) solidarizou-se com Tuma, mas lembrou que o governo -pegou uma herança orçamentária difícil-. Ele reconheceu que é preciso aumentar o efetivo da Polícia Federal em mais 5 mil agentes e resolver os problemas logísticos resultantes do corte orçamentário. O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) disse que o apelo de Tuma é sensato e equilibrado e lembrou que o ministro da Justiça também anunciou o início de outras operação da PF na fronteira com a Venezuela. Para ele, a PF precisa ser prestigiada e equipada para enfrentar -a ousadia cada vez maior dos narcotraficantes-.

O senador César Borges (PFL-BA) disse esperar que as Forças Armadas -saiam da posição passiva em que se encontram e sejam mais ativas, porque no futuro serão chamadas a atuar em situação muito mais grave-. O senador Duciomar Costa (PTB-PA) lembrou assalto recente a um banco no Pará, dizendo que -não foi um simples assalto, foi um ato terrorista, um assalto a uma cidade inteira-. Ele ainda pediu que o Ministério da Justiça olhe -com mais carinho- para a Superintendência da PF no Pará. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) criticou o espaço de duas páginas dado por uma revista a um matador. -Agora, todo bandido vai querer o mesmo espaço-, alertou.



06/05/2003

Agência Senado


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