Ronaldo destaca aniversário de 100 anos da publicação de Os Sertões
Na avaliação do parlamentar, Os Sertões é mais que uma obra de referência, é um escudo intelectual. Ele lembrou que o livro foi escrito no início século, quando o Brasil tinha aproximadamente 18 milhões de habitantes, a maioria analfabetos. Para ele, a obra é a reserva moral e intelectual do país:
- Os Sertões é a prova da capacidade crítica de pensar o Brasil. Não é um clássico apenas porque tornou-se best seller tão logo foi publicado. É importante lembrar que, no Brasil de 1902, poucos eram os leitores com formação acadêmica capaz de entender Euclides da Cunha. No entanto, oito dias após lançado, já tinha vendido cerca de 500 exemplares, metade do que foi comercializado na primeira edição - disse.
Euclides da Cunha, lembrou o senador, nasceu em Cantagalo, Rio de Janeiro e foi um aluno exemplar da Escola Militar, entre 1886 e 1888. Formou-se engenheiro militar em 1891 e, quatro anos depois, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como engenheiro do Estado e como jornalista para O Estado de S. Paulo. Graças ao seu interesse por Canudos, foi mandado como correspondente de guerra para o local da batalha, em 1897, de onde retirou o material que lhe serviu de base para sua epopéia.
Ronaldo Cunha Lima informou que a Geração Editora está lançando edição comemorativa do centenário de Os Sertões. Essa edição, acrescentou, além da riqueza crítica, vem com um poema do jornalista e poeta José Nêumanne Pinto, O Aboio do Semi-árido.
13/12/2001
Agência Senado
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