Alcântara lembra os 100 anos de "Os Sertões"
O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) lembrou que no próximo ano será comemorado o centenário da publicação do livro Os Sertões , de Euclides da Cunha - a primeira edição circulou no dia 2 de dezembro de 1902, editado pela Laemmert, do Rio de Janeiro. Na avaliação do senador, a obra, ao narrar a Guerra de Canudos, pode ser vista como uma síntese do Brasil, com suas diferenças sociais, regionais e econômicas; seus dilemas em enfrentar situações de tensão social; e as dificuldades do estado em levar ao país suas instituições. A ausência do Estado ainda é uma realidade, mais de um século depois do episódio.
- O que fica depois da leitura de Os Sertões é a lição de brasilidade e da necessidade de construirmos uma sólida sociedade democrática, que consiga não só enfrentar os desafios sociais, como também conviver com as diferenças entre o litoral e o sertão - analisou o senador.
Alcântara fez relato minucioso da verdadeira saga que foi a cobertura da Guerra de Canudos, por Euclides da Cunha, para o jornal O Estado de São Paulo . Ao retornar da Bahia para São Paulo, continuou o senador, Euclides foi transferido para São José do Rio Preto, onde escreveu a sua obra prima. Alcântara explicou que entre o fim da guerra e a publicação de Os Sertões , foram editados vários livros que trataram da guerra, mas com este livro o acontecimento entrou definitivamente para a história do Brasil e passou a ser conhecido mundialmente. "Para muitos estudiosos, a permanência do debate histórico sobre a guerra de Canudos é devido fundamentalmente à relevância adquirida por este acontecimento graças ao livro", observou.
23/05/2002
Agência Senado
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