SANTOS DEFENDE INVESTIMENTO EM CIÊNCIA PARA O PAÍS CRESCER



Terminada a fase de estabilização monetária do Plano Real, o senador Ricardo Santos (PSDB-ES) defendeu nesta segunda-feira (dia 7) o aumento dos níveis de emprego e melhor distribuição de renda através da duplicação do investimento na produção de conhecimento científico, além de políticas públicas que reduzam a exclusão social. "Mas a geração de conhecimento só produz resultados efetivos em termos de geração de renda e empregos quando passa a ser utilizado como base para a produção de bens e serviços", disse o senador.
- Como nas economias de mercado, as empresas privadas constituem-se no principal instrumento da produção de bens e serviços, estes países também formularam políticas ativas de apoio a essas empresas, sobretudo às nacionais. São exatamente estes os países que se destacaram na atração do fluxo mundial de investimentos e lideraram o processo de desenvolvimento mundial nos últimos anos - explicou Santos.
Para o senador, o governo Fernando Henrique Cardoso, através dos Ministérios da Ciência e da Tecnologia, da Educação, dos Transportes, das Minas e Energia e da Integração Regional, tem encaminhado diversas medidas para a formulação de uma política de desenvolvimento científico e tecnológico. Santos destacou também as propostas aprovadas na Câmara e no Senado, para a constituição de fundos setoriais de financiamento da pesquisa tecnológica.
A reformulação da política de ciência e tecnologia do governo do Espírito Santofoi apontada pelo senador como uma tentativa de definir um plano abrangente de desenvolvimento científico e tecnológico. Para isso, explicou Santos, foram melhoradas as possibilidades financeiras do Fundo de Ciência e Tecnologia do Estado (Funcitec) e a captação de recursos extra-estaduais para o financiamento do programa, além da concentração prioritária nos gargalos tecnológicos das pequenas e médias empresas do estado, que atuam em setores estratégicos da economia local.
Santos ainda citou a ênfase dada às vocações e potencialidades locais, incluindo as atividades econômicas consideradas no Programa Especial de Exportações; a preocupação com a expansão da capacidade instalada de pesquisa e pós-graduação; e a capacitação de recursos humanos e com a absorção de tecnologias para o desenvolvimento de atividades novas para as quais o estado vem demonstrando grande potencial. "Aí incluímos as relacionadas ao petróleo e ao gás natural, à siderurgia e à tecnologia de informação", disse o senador.

07/08/2000

Agência Senado


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