Sarney discute pauta de votações em almoço com José Dirceu



O presidente do Senado, José Sarney, almoçou nesta sexta-feira (15) com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, com quem conversou sobre a pauta de votações do Congresso, o projeto das parcerias público-privadas, a necessidade que tem o governo de aprovar créditos especiais e o segundo turno das eleições municipais.

- Conversamos também sobre a eleição de São Paulo e o ministro mostrou-se bastante otimista com Marta Suplicy, achando que ela está numa fase de crescimento - disse Sarney.

Indagado pela imprensa sobre a escassez de tempo para a votação de uma proposta de emenda à Constituição permitindo a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, Sarney reafirmou que, para ele, este é um assunto superado.

 - Seria impossível tratar agora desse assunto, porque seria uma antecipação da sucessão dentro da Casa, sucessão que só vai ocorrer no dia 15 de fevereiro - afirmou.

Com a insistência dos jornalistas de que, regimentalmente, não há mais tempo para a votação dessa emenda, mesmo que o Legislativo seja convocado extraordinariamente para votá-la, Sarney replicou: "como eu estou dizendo que esse é um assunto do qual não estamos tratando, se eu admitir que vamos colocá-lo na pauta da convocação extraordinária, estou entrando numa grande contradição".

O presidente do Senado foi também indagado sobre o almoço que o PMDB oferecerá nos próximos dias ao governo, nos moldes do jantar oferecido pelo PTB, sendo também instado a comentar o interesse do partido trabalhista em tornar-se a grande legenda de apoio do governo.

Sarney brincou dizendo que seu partido terá que esforçar-se muito para oferecer um cardápio "tão chique" quanto o do PTB, mas deixou claro que seu partido continua sendo o maior da base governista.

- Acho que o resultado das eleições consolidou a posição do PMDB, porque a quantidade de prefeitos que fizemos foi enorme. E também a expressão nossa a nível nacional se mantém da mesma maneira. O PMDB é um partido que tem fortes e grandes raízes populares. Acho que é o grande partido de sustentação do governo - afirmou.



15/10/2004

Agência Senado


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