Sarney e João Paulo defendem José Dirceu
Na sessão de instalação dos trabalhos legislativos do Congresso, os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, João Paulo Cunha, destacaram as qualidades do ministro da Casa Civil, José Dirceu, reconhecendo as suas contribuições ao governo e ao país. Sarney registrou que Dirceu é um "membro deste Parlamento, homem público cuja biografia, marcada pela coerência, é página de vida comprometida com a democracia".
Já o presidente da Câmara declarou que José Dirceu é um homem público "honrado e digno".
- O ministro foi o grande motor do governo, responsável em grande parte pelos aspectos positivos apresentados no balanço do ano passado. O ministro orgulha a todos nós que nos empenhamos por um Brasil melhor. José Dirceu, você pode contar com seu amigo para os desafios colocados por essa mensagem ao Congresso Nacional - afirmou João Paulo, seguido de aplausos do Plenário.
Antes do início da sessão, Sarney já havia classificado como "lamentável" o fato que levou à demissão do ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República, Waldomiro, Diniz, mas não quis fazer comentários adicionais sobre o assunto. Sobre o requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, Sarney reportou-se à sua condição de presidente da Casa:
- Como presidente da Casa, recebo os pedidos de CPI, e, desde que tenham o número legal, determino a instalação da comissão - afirmou.
ESCLARECIMENTO
Dirceu, que reuniu a imprensa para uma declaração pública acerca do episódio após a sessão solene, declarou que os integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não têm qualquer envolvimento em irregularidades relacionadas com Waldomiro, já que os fatos descritos pela imprensa neste final de semana referem-se ao ano de 2002, e não têm ligação com o atual governo.
Dirceu destacou que as medidas necessárias já foram tomadas pelo Executivo, com a exoneração de Waldomiro Diniz e a ordem de investigação das denúncias de corrupção pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
16/02/2004
Agência Senado
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