Sarney diz que Petrobras é símbolo nacional
Ao final da sessão em que o Senado homenageou a Petrobras, o presidente da Casa, José Sarney, disse que a empresa será para sempre um orgulho na história do Brasil, -um símbolo da capacidade do povo brasileiro, a serviço da superação das nossas desigualdades e empenhada no desenvolvimento do Brasil-.
Sarney concordou com a definição dada pelo presidente da empresa, José Eduardo Dutra, que se referiu à Petrobras como um símbolo do país. Na opinião do presidente do Senado, a expressão -símbolo nacional- é o termo correto, -com todo o significado, a magia e a imaginação que suscitam os símbolos na sociedade contemporânea-.
O senador também disse que esteve entre os milhões de brasileiros que, no princípio dos anos 50, saíram às ruas na campanha do -Petróleo é Nosso-. Ele disse que era então um político jovem, dirigente estadual da UDN e cheio de entusiasmo com a emenda congressual que resultou no monopólio estatal do combustível.
Sarney observou que, como deputado, governador e senador, sempre esteve ao lado de todas as causas em defesa da Petrobras. Também lembrou que, quando foi presidente da República, o Brasil estava saindo da crise do petróleo, com um déficit na conta do combustível da ordem de US$ 10 bilhões.
- Foi decisão nossa a estratégia de investir maciçamente na Petrobras, de modo que pudéssemos inverter essa situação. Posso dizer que, ao final do meu governo, esse déficit tinha se reduzido a US$ 3 bilhões.
O presidente do Senado também recordou que, em 1986, implantou o programa de prospecção em águas profundas num alcance que, à época, parecia um sonho. Ele lembrou ainda que, na mesma época, o Brasil desenvolveu programa tecnológico para retirar totalmente o chumbo da gasolina, investindo ainda para que a empresa passasse a utilizar computadores de 5ª geração.
No mesmo discurso, Sarney observou que, quando o país intensificou seu programa de privatizações, a bancada do PMDB, por proposta de Ronaldo Cunha Lima, fechou questão de modo a que o processo das privatizações jamais alcançasse a Petrobras.
- Eu era presidente desta Casa e fui eu que recebi do presidente Fernando Henrique Cardoso uma carta-compromisso de que isso não seria feito.
02/10/2003
Agência Senado
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