Sarney pode vencer no Senado com mais de 50 votos, diz ACM
A respeito do livro "Memórias das Trevas - uma devassa na vida de Antonio Carlos Magalhães", de autoria do jornalista João Carlos Teixeira Gomes e lançado nacionalmente no último fim de semana, o senador disse que "a obra foi paga pelos ladrões do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), da Sudam (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia) e dos portos (alusão a denúncias de irregularidades na Companhia de Docas da Bahia - Codeba)".
Apesar de o livro trazer uma foto de Antonio Carlos na capa, sem qualquer autorização para isso, o presidente do Senado garantiu que não pretende processar o autor ou a editora e nem entrar com qualquer ação para recolhimento do livro. Ele se confessou "decepcionado" após ler todo o livro no final de semana.
- O livro não questiona minha moral e tudo o que ali está dito já foi esclarecido, sendo lamentável que se tenham gasto 700 páginas para dizer nada - destacou.
Antonio Carlos lançou um desafio - "que os corruptos que pagaram esse livro se submetam a esse mesmo exame" - e prometeu mostrar da tribuna do Senado como se gasta o dinheiro do povo. O senador garantiu: "Vou mostrar verdades contra mentiras antes da eleição (da Mesa da Casa)". E confirmou que, durante suas administrações na Bahia (prefeitura e governo do estado) demitiu duas vezes o jornalista autor da obra, "a exemplo do que também fizeram os governos de Waldir Pires e Luiz Vianna, pois ele não queria saber de trabalhar mais de duas horas por dia".
O senador confirmou também a intenção de não convocar nova reunião da Comissão Representativa do Congresso, porque dificilmente haveria quorum na próxima sexta-feira (dia 26), quando, já na segunda, 29, o Congresso entrará em atividade durante convocação extraordinária. Os requerimentos apresentados à comissão e que levaram à designação de relatores para a apresentação de pareceres poderão ser encaminhados ao próprio Congresso, explicou Antonio Carlos.
22/01/2001
Agência Senado
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