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- A presidente me convidou para chefiar a delegação brasileira porque ela não pode ir por recomendação médica - explicou Sarney.

A equipe de Roberto Kalil, que atende a presidente, desaconselhou-a a viajar de avião seis horas até Assunção com medo de uma recaída da pneumonia. Dilma está convalescente desde o retorno da China, há duas semanas.

Sarney chegará naquele país logo após a aprovação pelo Congresso do reajuste das tarifas pagas ao Paraguai pela energia de Itaipu.

- O tratado de Itaipu já foi votado e evidentemente foi um passo importante para fortificar as relações entre Brasil e Paraguai. A usina de Itaipu é, sem dúvida alguma, o compartilhamento de uma união que nós temos que manter para sempre. Acho que o Brasil agiu bem na revisão que fez. Nem nós demos o que eles pediram, nem tivemos qualquer prejuízo - argumentou o parlamentar.

Questionado sobre a possibilidade de o reajuste ser repassado aos consumidores brasileiros, Sarney lembrou que o Tesouro Nacional deverá arcar com a diferença de preço.

- Esse ano, por exemplo, a negociação prevê que o aumento seja pago pelo tesouro do Estado e não pelos consumidores de energia - assinalou.

Tratado

O Senado aprovou nesta quarta-feira (11), em votação simbólica no Plenário, o projeto de decreto legislativo (PDS 115/11) que acata o texto que trata das bases financeiras da revisão do Tratado de Itaipu, firmado pelo Brasil e o Paraguai em 1º de setembro de 2009. Essa alteração no Tratado de Itaipu eleva de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais a quantia paga pelo Brasil ao Paraguai pela cessão de energia de Itaipu.

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