Sarney vê "inversão jurídica" em quebra de sigilos pela CPI



O presidente do Senado, José Sarney, disse nesta terça-feira (10) que considera exagerado o número de pessoas – 1.700 – para as quais foi requisitada a quebra de sigilos pela CPI do Banestado e ponderou que a própria comissão poderá rever esta decisão. Sarney disse que é impossível interferir na CPI, mas apelou para que a comissão estabeleça um clima de harmonia.
- Acho o número exagerado e dificilmente se poderia fazer um trabalho aprofundado com número tão grande de pessoas a serem investigadas. Além disso, a lei diz que o sigilo se levanta para procurar fato determinado, e não para descobrir se há alguma coisa: é uma inversão jurídica, e tenho a impressão que a própria comissão poderá reverter esta situação – afirmou. Segundo o senador, o assunto foi tratado na reunião de líderes desta manhã, e todos os presentes manifestaram preocupação com o encaminhamento dos trabalhos da comissão. - É preciso encontrar uma solução para que a comissão possa funcionar em harmonia - salientou. O presidente do Senado considera também impossível encerrar os trabalhos da comissão. - A CPI tem prazo marcado de mais seis meses e não há condições de encerrar, mas com certeza pode caminhar para um clima de menos atritos, procurando encontrar um espaço de convivência.

10/08/2004

Agência Senado


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