Saturnino diz que só acareação eliminará três contradições principais
- A contradição mais visível é a do envolvimento prévio do senador Antonio Carlos Magalhães no caso da lista. Ele sustenta que só soube do caso quando o senador José Roberto Arruda entrou em seu gabinete, mas a ex-diretora Regina Borges sustenta que Arruda pediu a lista em nome de Antonio Carlos - observou.
A segunda contradição que o relator quer resolver é se Arruda fez um "pedido" ou uma "consulta" sobre a obtenção de uma lista com os votos que mais tarde seriam dados na sessão que cassou o senador Luiz Estevão. A ex-diretora afirma que recebeu "um pedido" e o encarou com uma ordem. Arruda diz que apenas a consultou sobre a possibilidade de violação do painel secreto.
A terceira contradição que o senador Saturnino Braga quer dirimir refere-se ao telefonema que Regina Borges disse ter feito para o senador Arruda na manhã do dia 28 de junho, dia em que Luiz Estevão foi cassado. A ex-diretora disse que telefonou por volta de 10h, mas o senador sustenta ter falado com Regina Borges apenas uma vez, bem mais tarde.Para o relator, o depoimento desta sexta-feira (dia 27) do senador José Roberto Arruda não mudou suas convicções sobre o caso. "Mentir ao Senado é um desrespeito ao decoro parlamentar, mas o senador Antonio Carlos disse que fez isso para preservar a instituição. Os senadores vão decidir isso", acrescentou.
Questionado pelos jornalistas se Regina Borges não ficará intimidada por Antonio Carlos e Arruda numa acareação, Saturnino disse que ela concordou com isso e, portanto, "deve estar preparada".
27/04/2001
Agência Senado
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