Saturnino quer Congresso debatendo políticas de desenvolvimento



O senador Roberto Saturnino (PT-RJ) voltou a manifestar, da tribuna, sua preocupação com o debate sobre atribuições do Estado na atividade desenvolvimentista do país. Segundo sustentou, a sociedade, a mídia e o próprio Congresso têm dado mais importância aos andamento das investigações de denúncias de corrupção, ao movimento das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e a outros fatos que classificou como "imediatose eleitoreiros", do que à discussão de questões polêmicas sobre o destino do Brasil em relação ao mundo globalizado.

Em pronunciamento feito nesta segunda-feira (7) o parlamentar disse que, independente das investigações de corrupção e de fiscalização, o Congresso deveria se debruçar mais sobre assuntos relativos ao futuro do país.

- Não temos discutido, nem no Congresso nem na campanha eleitoral, qual será o papel do Estado, por exemplo, na indústria do biodiesel. Deve-se deixar o mercado livre reger o setor ou deve-se investir para gerar empregos nesse segmento promissor? - questionou Saturnino.

Para o parlamentar, é preciso definir a escolha política para os destinos do país: continuar somente com programas assistencialistas de distribuição de renda; investir no desenvolvimento por meio de empresas estatais fortes; ou privatizar o restante desse patrimônio estatal.

Para sustentar que o governo pode e deve investir em política de desenvolvimento, Saturnino citou dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) demonstrando que o governo gasta mais em programas assistencialistas de distribuição de renda do que com o custeio da máquina pública.

- Isso prova que o governo Luiz Inácio Lula da Silva tem contribuído para a redução das desigualdades, tentando fazer justiça social. Mas isso não impede a discussão sobre o papel do Estado no desenvolvimento - concluiu.



07/08/2006

Agência Senado


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