Saúde cria mecanismos para agilizar atendimento na rede de emergência do País



O Ministério da Saúde lançou mais uma ofensiva para diminuir a lotação das emergências dos hospitais e trazer o atendimento para mais perto da residência do cidadão. Uma portaria publicada no Diário Oficial da União, na última segunda-feira (3), estabelece diretrizes e cria mecanismos para a implantação do componente Sala de Estabilização (SE) da Rede de Atenção às Urgências. A iniciativa faz pare do Saúde Toda Hora, que está reorganizando a rede de urgência e emergência do País.

As Salas de Estabilização são estruturas instaladas em unidades de saúde que atenderão a população 24 horas, em todos os dias da semana. Com uma equipe de médico, enfermeiro e pessoal técnico, prestarão assistência temporária para estabilização de pacientes em estado grave ou de condição clínica frágil provocada, por exemplo, por acidentes ou traumas – ou seja, pacientes que necessitem de cuidados imediatos clínicos, cirúrgicos, gineco-obstétricos ou em saúde mental.

“As Salas de Estabilização serão articuladas com a rede de atenção básica, o Samu 192, as UPAs 24h e os hospitais, seguindo a lógica do Saúde Toda Hora”, ressalta o coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso. coordenador explica ainda que essas estruturas integram os serviços de urgências com o objetivo de apoiar a assistência, garantindo um atendimento mais ágil e eficaz à população.

As salas possuem as funções de fornecer a retaguarda de pacientes em regime de urgência e também na atenção básica, realizando atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem em casos de maior gravidade. Os pacientes, após estabilização clínica, podem ser encaminhados diretamente para a internação nos hospitais.


Recursos

O Ministério da Saúde investirá R$ 100 mil por sala, a ser repassado aos municípios responsáveis pela implantação. O custeio das estruturas é de R$ 25 mil mensal. Para os municípios da Amazônia Legal, do Nordeste e das regiões de extrema pobreza o valor do custeio mensal sobe para R$ 35 mil.

Os estados e municípios que desejam receber o incentivo financeiro precisarão enviar ao ministério uma proposta de implantação, que deverá ser elaborada conforme diretrizes estabelecidas pelo Plano Regional da Rede de Atenção às Urgências. As salas poderão ser instaladas em hospitais de pequeno porte (públicos ou filantrópicos), em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em Unidades Mistas.


Fonte:
Ministério da Saúde



05/10/2011 18:03


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