Saúde investiga morte após uso de Prexige



Paciente morreu de hemorragia gastrointestinal 15 dias após iniciar o tratamento

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do Centro de Vigilância Sanitária (CVS), abriu nesta terça-feira investigação para apurar se o uso do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do laboratório Novartis, foi a causa da morte de um homem na capital paulista. O paciente, de 64 anos, morreu de hemorragia gastrointestinal na madrugada desta segunda-feira, 15 dias após iniciar tratamento com o remédio. O CVS já entrou em contato com os familiares e deverá concluir relatório sobre o caso em 30 dias.

O paciente começou a apresentar sintomas de hemorragia gastroentestinal no quarto dia após o início do tratamento, em 10 de julho, quando foi internado no Hospital Municipal do Campo Limpo, onde permaneceu por 11 dias.

Desde a última sexta-feira, dia 18, a venda e distribuição do Prexige está proibida pela Secretaria em todo o Estado de São Paulo. A interdição cautelar é válida por 90 dias, podendo ser renovada. De 2005 a 2007 o CVS recebeu 609 notificações de reações adversas previstas e não previstas na bula do medicamento, das quais 147 foram consideradas graves, como infarto, arritmia, hepatite, hemorragias, pancreatite, edema de glote, insuficiência renal, broncoespasmos e choque anafilático. Neste ano já houve outras 58 notificações.

Em outubro de 2007 a Secretaria, com base nas notificações recebidas, sugeriu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o cancelamento do produto em todo o país. Um relatório sobre as reações adversas foi encaminhado ao órgão federal, que ainda não decidiu pela interdição em nível nacional.

O Prexige vem sendo proibido em diversos países, como Canadá, Reino Unido, Argentina e Austrália, dentre outros, em razão de reações adversas relatadas por consumidores.

Da Secretaria da Saúde

(M.C.)



07/23/2008


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