Saúde mental precisa receber mais atenção do governo, diz psiquiatra de Brasília
Fechar hospital é fácil, mas transformar hospital ruim em hospital bom é difícil e exige competência, afirmou Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, ao protestar contra os que defendem o fim do tratamento convencional para os doentes mentais.
O médico, segundo expositor da audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) que avalia o tratamento a doentes mentais no país, disse que 12% da população brasileira necessitam de algum atendimento médico na área. Ele acrescentou que os programas voltados para o tratamento de saúde mental são escassos e contam com poucos recursos.
O ministério da Saúde, informou Antônio Geraldo, destina apenas 2% de seu orçamento para a área e também não existem, no sistema de saúde público nacional, programas específicos para tratamento de doentes mentais crianças e adolescentes, idosos, ou pessoas viciadas em drogas e álcool. Cerca de 9% da população da brasileira é alcoólatra, acrescentou o médico.
José Geraldo ainda alertou para o fato de 90% dos postos de saúde do país não possuírem atendimento noturno ou em feriados e fins de semana, sendo também que a maioria desses centros médicos não tem sequer plantão ou psiquiatras, mas apenas psicólogos para o atendimento de surtos e crises mentais.
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19/05/2009
Agência Senado
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