Saúde: Metade das moradias tem cachorro de estimação
Secretaria visitou 29.337 residências de 41 cidades paulistas
A Secretaria de Estado da Saúde acaba de finalizar pesquisa inédita sobre a quantidade de cachorros e gatos no Estado. Pela primeira vez um estudo mede a quantidade dos animais no Estado. O resultado mostra que 52,5% das moradias paulistas têm pelo menos um cachorro de estimação. Sobre gatos, 12,6% têm pelo menos um gato.
O estudo da Secretaria tem objetivo de controlar e planejar ações contra doenças típicas de cães e gatos, que podem afetar humanos, especialmente raiva e leishmaniose. Além do Instituto Pasteur, referência contra raiva para todo o mundo, outros dois órgãos da Secretaria participaram da pesquisa: o Instituto de Saúde e a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen).
Para realizar a pesquisa a Secretaria selecionou 41 cidades do interior e litoral do Estado, agrupadas por número de habitantes (menos de 10 mil, 10 a 30 mil, de 30 a 100 mil e mais de 100 mil), seguindo também índice de desenvolvimento (IPRS). Outro critério estabelecido foi que pelo menos uma cidade de cada Direção Regional de Saúde (DIR) participasse do estudo. Foram excluídas cidades da Grande São Paulo (incluindo a capital) porque na região já existem estudos apontando a quantidade de cães e gatos_ em próxima etapa a secretaria fará o estudo na região.
Das 29.337 residências visitadas pela Secretaria, 15.401 têm pelo menos um cachorro. Preferiram não responder 2.346 proprietários de residências. O restante não tem cachorro.
"É fundamental conhecer o tamanho da população canina para estabelecer políticas de saúde pública eficientes e melhor resultado nas ações de proteção de doenças em homens e animais", afirma a diretora do Instituto Pasteur, Neide Takaoka.
O estudo ainda mostra que dos 19.235 cães analisados, 92,7% tinham proprietário definido, 1,2% eram cães de vizinhança e 6,1% não possuíam dono. Outro dado apontado foi que a incidência de cães sem proprietário é maior em municípios com menor número de habitantes. Em cidades com até 10 mil moradores 9,8% dos cachorros viviam nas ruas, enquanto em municípios com mais de 100 mil pessoas este número cai para 4,6%.
Além de visitar casas, os técnicos da Secretaria procuraram animais soltos em vias. Foram visitados 36.057quarteirões. Os cães foram classificados em "totalmente restritos" (com moradia fixa), "parcialmente restritos" (residência transitória), "de comunidade" e "sem proprietários". Cerca de 93% dos cachorros tinha moradia fixa ou transitória, o que mostra que têm proprietários. Cerca de 1% era "de comunidade"_ dormem na rua, mas recebem cuidados da vizinhança. Cerca de 6% não tinha proprietário.
Gatos
Além de apontar a quantidade de cachorros por moradia, o estudo da Secretaria de Estado da Saúde apontou que 12,6% das moradias do interior e litoral têm gatos_ as mesmas 29.337 residências foram visitadas. Foram encontrados 4.624 gatos nestes domicílios.
Vacinas
A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Instituto Pasteur, distribui vacinas contra a raiva em cães e gatos para todas as 645 cidades paulistas. O objetivo é garantir a erradicação da raiva humana no Estado de São Paulo, que não registra nenhum caso desde 2001.
Em agosto, considerado "mês do cachorro louco", a maioria das prefeituras realiza campanhas gratuitas de vacinação de animais domésticos, que podem contrair a doença de morcegos contaminados com o vírus da raiva. Desde 1998 foram registrados 33 casos da doença no Estado.
O Instituto Pasteur funciona diariamente das 8h às 20h, inclusive sábados, domingos e feriados, aplicando vacinas. O telef
01/26/2006
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