CACHORRO DA PM MORDE A CALÇA DE SUPLICY À ENTRADA DO CONGRESSO NACIONAL



O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi atacado hoje (dia 20) por um cachorro da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, ao tentar levar ao serviço médico do Senado duas pessoas feridas durante manifestação realizada em frente ao Congresso Nacional. O cachorro rasgou sua calça. O senador vinha da manifestação, trazendo com ele os dois manifestantes, quando foi impedido de entrar no Congresso por policiais, que estimularam o cachorro a atacá-lo. Em comunicação inadiável como líder de seu partido e do Bloco Oposição, Suplicy lamentou o incidente.

Segundo o senador, para que a manifestação fosse ordeira, os dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras entidades estavam em um caminhão, distantes cerca de 300 metros do parlatório em frente do Congresso Nacional. Eles pediam calma, mas manifestantes mais exaltados e próximos ao Senado não escutavam, devido à distância até o caminhão.

De acordo com o relato do senador por São Paulo, ele tentou chegar ao caminhão para dizer que algumas pessoas não escutavam os pedidos por ordem. No meio do caminho, deparou-se com uma pessoa que tinha, em sua opinião, um grave ferimento no olho. Suplicy preferiu então voltar ao Congresso, trazendo o ferido para ser atendido pelo serviço médico do Senado Federal. Ele acrescentou que, a caminho do Congresso, encontrou outra pessoa ferida, que chamou para vir junto. Apareceram então policiais militares impedindo sua passagem.

- Eu falei: "Sou senador, estou levando estas pessoas para serem atendidas". O policial militar colocou o cachorro sobre mim com instrução de morder a minha perna. Felizmente ele mordeu apenas a minha calça. Felizmente não estou ferido, vou só trocar de roupa. Não sei que treinamento recebeu este policial. Sei que ele recebia ordens de outros, que diziam: "Não deixem passar! Não deixem passar!" Como um senador não pode chegar à sua casa? - perguntou Suplicy.



20/05/1998

Agência Senado


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