Saúde: Teste respiratório realizado no HC pode substituir endoscopia
Procedimento mais barato e rápido dispensa acompanhante e o uso de anestésico
O Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP, oferece nova modalidade de exame para quem precisa fazer endoscopia periodicamente. Agora, o teste respiratório, de baixa radiação - utilizado para detectar a existência da bactéria causadora de gastrite, úlcera no estômago e duodeno - poderá ser feito por qualquer pessoa, independentemente de ser ou não paciente do HC. A novidade chega em boa hora, pois além de ser um procedimento mais barato e rápido que a endoscopia (dura 15 minutos), dispensa acompanhante e o uso de anestésico. A técnica consiste na ingestão de uma cápsula de uréia marcada com carbono 14. Ao cair no estômago, entra em contato com a enzima uréase, produzida pela bactéria. Neste momento, a uréia é fragmentada em bicarbonato e amônia.
O bicarbonato penetra na corrente sangüínea e é expirado pelo pulmão na forma de CO2-marcado. Depois de 10 minutos da ingestão, o paciente sopra numa solução de cor azulada, por uns 50 segundos, até que esta fique incolor, significando que 1 mmol de CO2 fora coletado no líquido. Em seguida, o material recolhido é medido por equipamento especial (contador Beta), que analisará e fornecerá o resultado. A presença da bactéria no estômago será determinada a partir da contagem de CO2 marcado no líquido onde o paciente soprou. Em até 72 horas, a uréia é eliminada do organismo através da urina e do ar expirado.
Desconhecimento - O procedimento é indicado para pacientes acima de 21 anos, exceto para gestantes e mulheres que amamentam. Para realizar os exames, é preciso estar em jejum de pelo menos 6 horas. O teste serve também para controle de erradicação da infecção, depois de tratamento de uma semana. Neste caso, a pessoa deverá esperar três meses para fazê-lo, tempo necessário para evitar falso negativo. Segundo Waldemir Rezende, diretor-executivo do instituto, há cinco anos o HC realiza o exame. Em média, são 60 testes por mês. No entanto, o desconhecimento dos médicos da rede pública da existência desse tipo de procedimento no instituto inviabiliza a procura. Isso poderá incorrer no aumento de 30% do número de endoscopias feitas mensalmente pelo hospital, alerta o diretor ao explicar que a instituição é uma das únicas da rede pública, na cap
12/21/2005
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