Schneider condena aumento de impostos



O deputado estadual, Elmar Schneider (PMDB), atual presidente da Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa, qualificou como um duro golpe aos interesses do desenvolvimento do Rio Grande, a proposta do Governo de reapresentar ao parlamento o projeto que prevê o aumento dos impostos. De acordo com o parlamentar, a sociedade, através de seus representantes no legislativo estadual, já condenou está proposição. "O povo rio-grandense disse não a esta verdadeira afronta. Agora vem o Governo e tenta impor este modelo atrasado e preguiçoso, que ao invés de promover o progresso, reprime e retarda o crescimento da economia gaúcha". Schneider diz não entender quais seriam as vantagens da proposta para a sociedade. "Todos sabemos que houve um aumento na arrecadação, alavancado principalmente pelos impostos do setor de telefones, bebidas, energia elétrica, combustíveis e cigarros. Mas, ao mesmo tempo, sem nenhuma lógica, a administração Olívio Dutra resolve aumentar as alíquotas, exatamente, destes produtos, responsáveis diretos pelos resultados positivos alcançados e pela geração de milhares de empregos". Sobre a "redução de impostos", inserida no projeto do Executivo, Schneider apregoa a uma farsa. "Os produtos que fazem parte da cesta básica têm previsão legal, na lei 8.820/89, bastando um decreto do Executivo para incluí-los no benefício, sem a menor necessidade de passar pela Assembléia". Na avaliação do deputado, há algumas alternativas que o Governo não está levando em conta. "Primeiro antes de propor este absurdo, que empobrecerá o nosso Estado, a equipe econômica do PT deveria construir ações concretas de enfrentamento à sonegação". Schneider questionou ainda, por que o governo Olívio acabou com programa "Mãos Dadas". "O projeto proporcionava uma verdadeira parceria entre os cidadãos e o Estado. Além de auxiliar na fiscalização, despertava na população sentimentos de cidadania e de responsabilidade social. Se a atual administração tem restrições ao modelo elaborado pelo governo do PMDB, por que não constrói algo em seu lugar, este vácuo deve ser preenchido". Para o peemedebista, o Rio Grande precisa de um projeto ousado de desenvolvimento, que alavanque as indústrias, modernize o setor agrícola, potencializando vocações e criando novas oportunidades de negócios. "Ao aumentarmos os impostos de telefones e energia elétrica, por exemplo, estamos literalmente massacrando as pequenas empresas, afugentando empregos e mandando embora possíveis investidores. Temos que pensar no futuro das novas gerações, na melhoria da qualidade de vida de nossa gente".

06/19/2001


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