Secretários explicam situação da Escola Tiradentes



"A Escola Tiradentes não será fechada", a declaração da secretária de Educação, Lúcia Camini à Comissão de Educação da Assembléia Legislativa para esclarecer a situação da escola estadual que teve três salas administrativas requisitadas pela Secretaria de Segurança para atividades de apoio, contradiz a interpretação dada pelo secretário de Justiça e Segurança, José Paulo Bisol aos parlamentares: "A Escola Tiradentes pode ser fechada a qualquer momento por que desrespeita princípios legais e constitucionais". Segundo o secretário a escola Tiradentes não tem mais a função de preparação ao ingresso à Academia da Polícia Militar. E, a previsão de Bisol foi mais explícita quando o secretário alertou para a possibilidade de ser impetrado imediatamente um mandado de segurança determinando o fechamento já que a escola não permite o acesso de deficientes físicos, caracterizando assim, uma inconstitucionalidade. Apesar da divergência de interpretações, a secretária Camini disse que o governo iniciará, em breve, os debates com a comunidade para tranqüilizá-la e demonstrar que a cessão das salas não está oferecendo prejuízos aos alunos e ao calendário escolar. A secretária comunicou ainda, que a previsão de recursos no Orçamento do Estado permitirá a construção de um novo prédio já para o próximo ano. Os temores dos pais e alunos são fundados na forma como as readequações foram processadas, nas férias e sem o conhecimento da comunidade escolar, e pela informação corrente de que os 181 alunos seriam remanejados para outras escolas. Conforme Maura Cabral, presidente da APM, as inúmeras tentativas fracassadas para conversar com os secretários aumentaram ainda mais a insegurança quanto ao futuro da escola. Os esclarecimentos, no entanto, não convenceram plenamente os presentes à audiência.

04/11/2001


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