Segundo processo contra Renan é suspenso por 30 dias



O processo que apura se o presidente do Senado, Renan Calheiros, utilizou tráfico de influência para favorecer politicamente a cervejaria Schincariol está suspenso por 30 dias. A decisão foi tomada nesta terça-feira (2), em reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, por sugestão do relator da matéria, senador João Pedro (PT-AM).

Segundo o senador, o prazo é necessário por três razões: aguardar resposta a um ofício enviado à Polícia Federal, solicitando informações sobre as investigações da chamada Operação Cevada, que apura a sonegação de impostos no setor de bebidas; aguardar as investigações da Câmara sobre o mesmo assunto, já que o caso envolve também o irmão de Renan, deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL); e apresentar um relatório preliminar dos três processos que tramitam no conselho contra o presidente do Senado no mesmo dia.

- Estamos sobrestando o relatório por 30 dias e não as investigações, pois estas continuam - afirmou João Pedro.

A representação contra o presidente do Senado, protocolada pelo PSOL, solicita que seja investigada denúncia da revista Veja de que Renan teria intercedido a favor da Schincariol para quitar dívidas da cervejaria junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e à Receita Federal depois de a empresa ter pago R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerantes de Olavo Calheiros. Na matéria, a revista afirma que a fábrica estava prestes a fechar e não valia mais que R$ 10 milhões e que as dívidas da Schincariol com os órgãos do governo eram de cerca de R$ 100 milhões.

Ao suspender a apresentação do relatório da segunda representação contra Renan por 30 dias, Quintanilha também fixou o mesmo prazo para que os dois outros relatórios dos processos que tramitam no conselho contra Renan sejam apresentados. O terceiro processo investiga se Renan teria comprado, em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de "laranjas" e sem declarar à Receita Federal, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas. Já a quarta representação solicita investigação para apurar denúncias de que Renan e o lobista Luiz Garcia Coelho teriam montado um esquema de propinas para desviar recursos de ministérios comandados pelo PMDB.



02/10/2007

Agência Senado


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