Semelhanças do Crime Organizado nos Estados do Sul
O relator da CPI do Roubo de Cargas do Paraná, deputado César Celene (PPB), declarou hoje, na reunião da Subcomissão dos Caminhoneiros Desaparecidos, que as quadrilhas especializadas em roubo de veículos, narcotráfico e desvio de mercadorias no Estado paranaense são as mesmas que agem no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, inclusive, com o mesmo modus operandi.
Atendendo a um convite do relator da Subcomissão, deputado Francisco Appio (PPB), o parlamentar veio à Assembléia Legislativa apresentar o relatório parcial da CPI do Estado do Paraná. Ele avalia que, sendo os mesmos criminosos a atuarem nos três Estados, facilita o trabalho das autoridades policiais e judiciárias na sua prisão.
César Celene informou que já foram encaminhados ao Executivo quatro projetos visando o combate ao crime organizado, sendo que dois já aguardam a sanção do governador paranaense. "São proposições que dão mecanismos para que o governo tenha instrumentos em mão para combater o crime".
Entre as propostas, ele cita a criação de um Centro de Informações Interligado das Delegacias do interior do Estado do Paraná. Celene considera importante também a ação conjunta da receita estadual e as Polícias Civil e Militar. Segundo o deputado, "só com a participação da receita do Estado o crime organizado irá diminuir".
Para o deputado Francisco Appio, o presidente da CPI do Roubo de Cargas do Paraná trouxe importantes contribuições para o Legislativo gaúcho. Defendeu que "é preciso os Estados do Sul do país agirem conjuntamente na luta contra o crime organizado". Appio defendeu que é através da sonegação de impostos que a Polícia pode chegar aos bandidos.
Não precisamos entregar metralhadoras nas mãos dos policiais e sim informação". Francisco Appio ressaltou, ainda, que uma das propostas da CPI do Crime Organizado gaúcha é de dotar a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de um Serviço de Inteligência, que trabalhe especialmente com a informação.
10/23/2000
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