Seminário destaca função social dos museus



O Museu Histórico Itamar Franco do Senado Federal realizou nesta quarta-feira (26), no auditório do Interlegis, seminário para discutir a função social dos museus. O evento, organizado pela Diretoria-Geral e pela Secretaria de Informação e Documentação do Senado (Sidoc), faz parte da 6ª Primavera dos Museus, de iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e visa sensibilizar os servidores e cidadãos interessados quanto à educação patrimonial e à importância social dos museus.

Mais de 800 museus e outras instituições culturais já têm participação confirmada nesta temporada. O seminário contou com as palestras de Deborah Silva Santos, professora do departamento de Museologia da UnB; Mônica Padilha Fonseca, técnica em assuntos educacionais do Ibram; e Donizetti Ferreira Garcia, do Museu de Valores do Banco Central, um dos responsáveis pela execução do projeto “Museu vai à escola rural”.

A diretora-geral do Senado, Doris Peixoto, e a diretora da Sidoc, Edna Carvalho, destacaram a preocupação do Senado com a preservação das suas peças históricas e patrimônio cultural.

– O Museu Itamar Franco possui hoje um acervo que data desde o ano de 1967, com peças e mobiliários das duas antigas sedes do Senado, quando ainda funcionava no Rio de Janeiro – ressaltou Edna Carvalho, que aproveitou para parabenizar a equipe do Museu Itamar Franco pelos seus 21 anos de existência.

Segundo Doris Peixoto, os museus são “casas de memórias”, cuja preocupação deve ser a de compor os fatos históricos. Para a diretora-geral, um dos maiores desafios do Senado é reconhecer e tornar viva sua história.

– É pelos sonhos de ontem que podemos idealizar o amanhã. A diretoria do Senado torce pra que, um dia, o projeto de transformar o museu do Senado em uma área maior não seja apenas um sonho coletivo, mas uma realidade – disse.

Educação

As palestras foram divididas em dois painéis. No primeiro, Mônica Padilha e Deborah Silva Santos falaram sobre a função social dos museus e das políticas públicas para a promoção da educação em museus. Segundo Mônica, nesse sentido, pode-se falar em três questões básicas: pesquisa, preservação e comunicação.

– Com essas vertentes, é possível afirmar uma identidade nacional que irá valorizar a diversidade cultural, que é uma grande ferramenta de transformação social – afirmou Mônica.

Deborah destacou que a educação é uma das mais importantes funções sociais dos museus e lembrou que, em Brasília, há mais de 60 museus que podem ser conhecidos e divulgados.

No segundo painel,  Donizetti Ferreira Garcia falou sobre o “Museu vai à escola rural”, programa educativo e cultural do Banco Central. No programa, o museu faz muito mais do que simplesmente expor peças, tornando-se também um “visitante”.

– Levamos o museu para as escolas distantes e com isso garantimos o acesso dos alunos das pequenas comunidades a essa vertente educacional ainda tão incipiente nas comunidades rurais. Muitas vezes nos deparamos com algumas surpresas pelo caminho, tais como vacas e cobras pela estrada, mas, no final das contas, é um trabalho extremamente educativo e gratificante para a equipe – destacou o palestrante.



26/09/2012

Agência Senado


Artigos Relacionados


Comissão aprova criação da função de 'pai social'

Caixa alia função social a bom desempenho, diz Jucá

TIÃO: ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL AMPLIA FUNÇÃO SOCIAL DO SUS

Casildo Maldaner defende função social dos ‘royalties’ do petróleo

Projeto de Casagrande reforça função social de emissoras comunitárias

Atividade do produtor rural deve respeitar função social da terra