Senado aprova indicações de Mario Torós para diretoria do Banco Central e de José Agenor Álvares para a Anvisa



 O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (24), em votação secreta, as indicações do economista Mario Gomes Torós para a diretoria do Banco Central (BC) - 52 votos a 7 -e do sanitarista José Agenor Álvares da Silva para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - 46 votos a 11. O resultado das deliberações será comunicado ao presidente da República.

Torós foi designado por mensagem presidencial para substituir Rodrigo Telles da Rocha Azevedo, atual titular da Diretoria de Política Monetária. Economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trabalhou por 15 anos no Banco Santander, em São Paulo e Londres. Até julho de 2006, ocupava a vice-presidência desse banco, responsável pela área de Tesouraria e Mercados.

Já o sanitarista José Agenor Álvares da Silva foi ministro da Saúde no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, já havia exercido o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde e, por concurso público, foi admitido como sanitarista do quadro da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (atual Anvisa). É formado em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais, especializado em Saúde Pública e pós-graduado em Administração Pública.

Durante a votação do nome de Torós, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) observou que a vasta experiência de mercado será fundamental neste momento em que a taxa de câmbio se encontra "um tanto quanto apreciada". Ele disse acreditar que o cenário é favorável à reversão desse processo e disse esperar que Torós contribua com a redução da taxa básica de juros (taxa Selic), atualmente fixada em 12,5% ao ano.

César Borges (DEM-BA), por sua vez, protestou diante da prática recorrente do governo de indicar para o Banco Central profissionais provenientes do mercado financeiro. O senador pontuou que os interesses nacionais nem sempre correspondem aos interesses do mercado e acrescentou que a atual taxa de juros praticada no Brasil penaliza os exportadores e impede o país de crescer.

Durante a discussão sobre a indicação de José Agenor Álvares da Silva, o senador Tião Viana (PT-AC) observou que a biografia de José Agenor "se confunde com a do próprio Ministério da Saúde" e que o ex-ministro "sempre procurou cumprir as expectativas da população".



24/04/2007

Agência Senado


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