Senado aprova nova diretoria do Dnit
Matéria corrigida às 20h28
Durante a ordem do dia desta quarta-feira (24), o Senado aprovou a indicação de cinco diretores para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes. Será feita comunicação à Presidência da República.
Um dos aprovados foi o general Jorge Fraxe, que será o novo diretor-geral do órgão, depois de receber 54 votos favoráveis e oito contrários, com duas abstenções. Durante sabatina na Comissão de Infraestrutura (CI), na terça-feira, ele prometeu tomar providências para aumentar a transparência dos contratos firmados pelo Dnit. Fraxe ingressou no Exército em 1972, como aluno da Academia Militar das Agulhas Negras, e recentemente atuou como diretor de Obras de Cooperação.
O Dnit foi o primeiro a ser atingindo por denúncias de corrupção no governo de Dilma Rousseff, o que provocou a queda do então diretor-geral do órgão, Luiz Antonio Pagot, de vários outros servidores a ele subordinados, e ainda a demissão do então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que voltou a exercer seu mandato de senador pelo PR do Amazonas.
Outros nomeados
Três das nomeações foram aprovadas de manhã na CI. O general Jorge Fraxe e o auditor Tarcísio Gomes de Freitas, indicado para diretor-executivo, foram aprovados na terça. Em Plenário, nesta quarta, Tarcísio Gomes, recebeu 52 votos favoráveis, oito votos contrários e uma abstenção. Ele iniciou a carreira no Exército, mas acabou ingressando, por concurso, no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É formado em Engenharia Civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.
Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira foi aprovado para diretor de Administração e Finanças do órgão. Teve 53 votos a favor, 11 contra, de um total de 64 votantes.
Ao falar aos integrantes da CI, Tarso afirmou estar preparado para ajudar na modernização do Dnit com o objetivo de alçá-lo a um novo patamar de gestão, que possibilite maior controle de toda a sociedade sobre as ações do órgão.
Já o novo diretor de Infraestrutura Aquaviária, Adão Magnus Marcondes Proença, que no Plenário conseguiu 50 votos favoráveis e dez votos contrários, disse à CI que um dos problemas aparentes do setor de transportes é a Lei de Licitações (Lei 8.666/93), que "permite algumas coisas e outras não" e, segundo explicou, "engessa muitas obras".
Por fim, Mário Dirani, aprovado para direto de Infraestrutura Ferroviária do Dnit, com a aprovação de 55 senadores e dez votos contrários, comentou que durante toda a sua vida conviveu com a área de transportes, por ser filho e neto de ferroviários.
Dirani mencionou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está aumentando o modal ferroviário de forma expressiva, mas que o Dnit deverá enfrentar ainda muitos desafios na expansão da capacidade do setor, como a construção do trem de alta velocidade e a eliminação de gargalos que obrigam a redução da velocidade dos trens.
"Feudo"
O senador Jayme Campos (DEM-MT) reforçou as advertências feitas pela manhã na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), na qual os diretores aprovados para o Dnit foram sabatinados. Ele disse que o órgão precisa deixar de ser um "feudo político", pois os últimos acontecimentos, disse, teriam deixado muitas dúvidas a esse respeito.
- Que o órgão passe a fazer um trabalho moderno no transporte intermodal, principalmente no transporte hidroviário e rodoviário. Em Mato Grosso, temos a Hidrelétrica Teles-Pires Tapajós e Araguaia-Tocantins, para que o Mato Grosso continue sendo um grande celeiro e para que o produtor brasileiro tenha renda - propôs.
24/08/2011
Agência Senado
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