SENADO APROVA SEMANA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PRÓSTATA



O Senado aprovou nesta quarta-feira (dia 21) o substitutivo ao projeto de lei que institui a Semana Nacional de Combate e Prevenção ao Câncer de Próstata, acompanhada por campanha institucional a ser desenvolvida a partir do dia 27 de novembro, Dia Nacional de Combate ao Câncer. A matéria foi enviada à Comissão Diretora para a redação final.Conforme o substitutivo aprovado, a promoção e a coordenação da Semana serão de responsabilidade do Ministério da Saúde. A campanha publicitária institucional deverá conter mensagens sobre o que é o câncer de próstata e suas formas de prevenção. Além disso, a Semana terá várias atividades, como o estabelecimento de parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para proporcionar exames gratuitos de prevenção da doença; e parcerias com universidades, sociedades civis organizadas e sindicatos para a realização de debates e palestras sobre a doença e as formas de combate e prevenção.Segundo a justificativa da autora do projeto, deputada Telma de Souza (PT-SP), o machismo unido à desinformação está impedindo que os homens combatam a doença. Em conseqüência, os números são alarmantes - apenas 5% dos brasileiros acima dos 50 anos têm feito o exame de sangue conhecido como PSA, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer.
- Para cada 100 mil habitantes, há 22 casos de câncer de próstata. Nos homens com mais de 65 anos, a incidência aumenta para 220 casos. Esses números são referentes a estatísticas realizadas no estado de São Paulo nos dois últimos anos. Outros números mostram que um a cada 12 homens terá câncer de próstata no decorrer da vida e que este é, hoje, entre os homens, o câncer mais comum e o segundo em número de mortes, só perdendo para o câncer de pulmão - revela a deputada.
O relator da matéria na Comissão de Educação (CE), senador Sebastião Rocha (PDT-AP), assinalou o fato da iniciativa ter sido de uma mulher e, dessa maneira, ter também demonstrado seu amor pelos homens, que nada fizeram a respeito dessa doença. O senador espera que a partir da conscientização, seja possível reduzir o tabu e o preconceito contra o exame de toque retal.

21/06/2000

Agência Senado


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