Senado divulga livros sobre a Amazônia em feira realizada em Belém



Em Amazônia, Patrimônio Universal? (R$ 15,00), o ex-governador, senador e ministro Jarbas Passarinho analisa as verdades e os boatos sobre a internacionalização da Amazônia. Já o livro Amazônia Ameaçada - Da Amazônia de Pombal à Sociedade sob Ameaça (R$ 20,00), do economista Gilberto Paim, trata da luta para a preservação da Amazônia como território brasileiro. As duas publicações podem ser adquiridas no estande do Senado na 14ª Feira Pan-Amazônica do Livro, que está sendo realizada até o próximo domingo (5) no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.

Paim inicia seu livro classificando como "fenômeno raro" o fato de a Amazônia ter sobrevivido tantos anos como parte do território do Brasil. Ele considera inexplicável, sobretudo, a não conquista das terras no período anterior a 1750. Amazônia Ameaçada fala da situação militar precária da região até a expulsão dos jesuítas, em 1759. Também trata da dependência econômica em relação aos índios, utilizados no trabalho escravo.

- Em toda a capitania do Grão-Pará havia, em1752, apenas 232 soldados para a defesa do que hoje representa os estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Roraima e Rondônia. Noventa e seis deles estavam destacados em fortalezas. Entre os restantes havia muitos doentes, de licença ou presos. Na verdade, o rol semanal dos soldados em serviço demonstrava que o total disponível era inferior a uma centena de homens - destaca Gilberto Paim no livro.

Em Amazônia, Patrimônio Universal?, Jarbas Passarinho alerta para a possibilidade de o Brasil dar muita importância a rumores sem fundamento e, com isso, não observar com a devida atenção as ameaças reais. Ele prevê que o conflito de interesses entre os que defendem o desenvolvimento e os que trabalham em favor da proteção ambiental não terá solução de consenso.

- Se por um lado é inteiramente descabido manter a Amazônia intocada, com sua população empobrecida, e de outro desenvolvê-la econômica e socialmente ao preço da degradação da ecologia, impõe-se uma solução de meio-termo, que evite o confronto, um pacto social por um novo modelo de ocupação que desenvolva a sociedade amazônica sem o prejuízo dos recursos naturais - defende Jarbas Passarinho.



30/08/2010

Agência Senado


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