Senado homenageia Prudente de Moraes no centenário de sua morte
Por requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o Senado prestou uma homenagem nesta terça-feira (19) ao ex-presidente Prudente de Moraes, no centenário de seu falecimento. Pudente de Moraes foi o primeiro presidente civil da República e o primeiro a ser eleito diretamente pelo povo brasileiro. A solenidade contou com a presença de sua bisneta, professora Maria da Glória Silveira Mello.
Ao discursar na homenagem, Suplicy afirmou que a República brasileira começa mesmo com Prudente de Moraes. Ele ressaltou que naquele período teve início -o governo do povo e pelo povo, abolindo a tirania, a aristocracia e a oligarquia-. Na primeira eleição direta do país, Prudente de Moraes obteve 276.583 votos, lembrou o senador.
Suplicy relatou as dificuldades políticas que o presidente enfrentou com os militares conspirando para voltar ao poder pela força - chegando a promover uma tentativa de assassiná-lo - bem como dificuldades sociais representadas pelo problema de Canudos, que terminou com o extermínio dos rebeldes, por serem arbitrariamente chamados de restauradores da monarquia, em função das idéias meramente teóricas de Antonio Conselheiro.
- Prudente de Moraes, considerado o mais puro dos republicanos, era um homem prudente não apenas no nome, mas nas atitudes, no caráter firme, austero e imparcial com uma personalidade singular, sem contradições e sem desvios. Era um homem solitário, mas solidário com seus companheiros, pelos quais era respeitado, exercendo uma verdadeira liderança afirmativa, determinada e sem precipitação - afirmou o senador.
O Brasil, na opinião de Suplicy, deve muito a Prudente de Moraes, cujo exemplo de vida não pode ser esquecido. Ele ressaltou a importância do exemplo do ex-presidente, -principalmente no momento em que as novas gerações tanto precisam de modelos de dignidade e patriotismo para transformar o Brasil em uma nação de todos os brasileiros, em que a igualdade, a solidariedade e a fraternidade sejam os alicerces de um novo país-, disse o senador.
19/11/2002
Agência Senado
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