Senado homenageia Universidade Federal de Itajubá no centenário de sua fundação
Em 23 de novembro de 1913 foi fundado o Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá, idealizado pelo advogado Theodomiro Carneiro Santiago com apoio do então presidente da República, Hermes da Fonseca, que participou da inauguração da instituição. Cem anos depois, a agora Universidade Federal de Itajubá (Unifei), referência em formação em engenharia no país, teve seu aniversário comemorado pelo Senado em sessão especial na tarde desta sexta-feira (29).
A homenagem foi requerida pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS), com apoio de diversos outros senadores. Primeiro orador da sessão, Delcídio afirmou que a Unifei "é uma verdadeira referência nacional”. O senador, engenheiro eletricista de profissão, lembrou ter trabalhado com vários engenheiros formados na cidade de Itajubá, localizada no sul de Minas Gerais.
- Itajubá tem uma grande história de parceria com o progresso e o desenvolvimento – disse Delcídio, lembrando que o Dia do Engenheiro Eletricista foi instituído no Brasil na mesma data do aniversário da Unifei, 23 de novembro.
A solenidade foi aberta com o Hino Nacional e, em seguida, o músico itajubense Ivan Vilela entoou músicas do cancioneiro popular com sua viola caipira. Também participaram da cerimônia os ex-reitores da Unifei Zulci de Souza e Fredmarck Gonçalves Leão, o professor titular e ex-aluno da universidade Afonso Henrique Moreira dos Santos, o consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e também ex-aluno da Unifei, Ricardo Pinto Pinheiro, o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Camargo, o senador Gim (PTB-DF) e o atual reitor da universidade, Dagoberto Alves de Almeida, além de professores, alunos e servidores da instituição.
Delcídio recordou de inúmeros de seus trabalhos como engenheiro eletricista, quando pode trabalhar em parceira com profissionais formados na Unifei na implantação de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão em Pernambuco, Pará, Amazonas, Bahia e Rondônia, entre outras localidades.
- A Unifei é uma instituição emblemática para a engenharia nacional. Conheci engenheiros de Itajubá trabalhando no Brasil inteiro e, todos que conheci, absolutamente bem formados e competentes. Essa universidade é uma referência para todos os engenheiros do Brasil – afirmou Delcídio antes de acrescentar que o Brasil “precisa de mais engenheiros”.
Por sua vez, o senador Gim informou que engenheiros formados na Unifei ajudaram na criação e instalação da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), de Furnas Centrais Elétricas, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia Energética de Brasília (CEB), dentre várias outras. Gim disse que centenas de engenheiros da Unifei “ajudaram a levar energia aos mais longínquos rincões da pátria”.
O reitor da Unifei, Dagoberto de Almeida, destacou a coragem do pioneiro Theodomiro Santiago, que investiu recursos próprios e dinheiro da família para fundar e construir o instituto que agora é uma universidade reconhecida em todo o país.
- Essa universidade tem mudado a vida das pessoas, e vai continuar mudando, para melhor. Que venha o próximo centenário e muito obrigado a todos – disse o reitor.
Histórico
O Instituto Eletrotécnico e Mecânico de Itajubá (Iemi), embrião da universidade, foi inaugurado em 23 de novembro de 1913, em solenidade que contou com a participação do presidente da República Hermes da Fonseca. Fruto do idealismo pragmático de Theodomiro Carneiro Santiago, jovem advogado e educador que fora à Europa conhecer escolas de engenharia, adquirir equipamentos e contratar professores, o Iemi destacou-se, desde o início, no ensino de engenharia mecânica e de engenharia elétrica, sendo pioneiro na América do Sul nesta última área.
Em 1917, seus cursos foram oficialmente reconhecidos pela Lei nº 3.232, sancionada pelo presidente Wenceslau Braz. A duração dos cursos se estendeu, em 1936, para cinco anos, quando a instituição foi equiparada à Escola Politécnica do Rio de Janeiro e passou a se denominar Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI).
Após a morte de Theodomiro e um período de dificuldades financeiras, é constituída, em 1945, a Fundação Instituto Eletrotécnico de Itajubá, que passa a ser proprietária e mantenedora da instituição de ensino e pesquisa, viabilizando a continuidade de suas atividades.
Em 1956, ocorre a federalização do instituto pela Lei nº 2.721. Em 1968, ano em que se iniciam os cursos de pós-graduação, recebe a entidade a denominação de Escola de Engenharia de Itajubá (Efei). Por fim, a Lei nº 10.435/2002, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, transforma a Efei em Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
A Universidade Federal de Itajubá mantém até hoje seu eixo voltado prioritariamente para o ensino e a pesquisa tecnológicos e de ciências exatas, em 35 cursos de graduação e 16 de pós-graduação, que atendem cerca de oito mil alunos. Atualmente, a Unifei tem, além do campus em Itajubá, um campus na cidade de Itabira.
29/11/2013
Agência Senado
Artigos Relacionados
Senado comemora centenário da Universidade Federal de Itajubá
Começa sessão em homenagem aos 100 anos da Universidade Federal de Itajubá
Senado celebra centenário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Senado celebra centenário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sérgio Souza comemora centenário da Universidade Federal do Paraná
Senadores celebram 100 anos de fundação da Universidade Federal do Amazonas