Senado rejeita desincompatibilização para candidatos a reeleição
Trata-se de uma decisão quase inédita, uma vez que a PEC havia sido aprovada, em primeiro turno, no dia 9 de maio último, por 50 votos favoráveis, 22 contrários e uma abstenção. O Senado tradicionalmente aprova, em segundo turno, o que havia sido aprovado no primeiro. O painel eletrônico registrou 35 votos sim, 33 não e 1 abstenção, mas a PEC foi rejeitada porque precisaria ter 49 votos sim, correspondentes a três quintos do total de 81 senadores.
Houve uma tentativa do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), de adiar a votação da matéria, mas o requerimento foi rejeitado por 35 senadores. O adiamento foi apoiado por 29 votos.
Na justificação da proposta, Nabor argumentava desejar contribuir para o aprimoramento do sistema eleitoral, dotando o instituto máximo da democracia de mais lisura e transparência. Ao exigir seis meses de desincompatibilização para os chefes de Executivo que quisessem se reeleger, a proposta retiraria esses governantes da condição privilegiada em que se encontram, impedindo que usassem a máquina administrativa em favor de suas candidaturas.
Nas últimas eleições para cargos executivos, somente se desincompatibilizaram para fazer a campanha eleitoral alguns poucos governantes, por vontade própria.
20/06/2001
Agência Senado
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