SENADOR CHAMA A ATENÇÃO PARA "MORTE ANUNCIADA"



O governador do Acre, Jorge Viana (PT), estaria sendo vítima da mesma desatenção e imprevidência que levaram ao assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, há 12 anos, afirmou nesta quarta-feira (dia 22), em plenário, o senador Júlio Eduardo (PV-AC). Ele lembrou que o então governador do Acre e agora prefeito eleito de Rio Branco, Flaviano Melo, não levaram a sério as ameaças contra Chico Mendes, a exemplo do que faz hoje o senador Nabor Júnior (PMDB-AC), correligionário de Flaviano, em relação às ameaças contra a vida de Viana.

Conforme Júlio Eduardo, nem mesmo o célebre personagem central do romance Crônica de Uma Morte Anunciada, de Gabriel Garcia Marques, teve sua morte tão anunciada quanto à do líder seringueiro e ecologista. O senador criticou seu colega Nabor Júnior por desqualificar em discurso no plenário as denúncias de que Viana também está sendo ameaçado.

- O apoio manifestado pelo presidente da República, em passagem recente pelo Acre, deve se traduzir em medidas concretas em defesa da pessoa do governador e de seus familiares. Manifestações como as do senador Nabor nos preocupam justamente porque podem eventualmente desmotivar um conjunto de iniciativas preventivas que são imprescindíveis nesse momento - disse Júlio Eduardo.

Em aparte, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) solidarizou-se com Jorge Viana e com o a iniciativa de Júlio Eduardo. Ela disse imaginar o que estão passando o governador e sua família. A senadora cobrou das autoridades medidas para garantir a vida do governador e a sobrevivência dos princípios democráticos no Acre. Também apoiou o discurso de Júlio Eduardo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que mencionou a defesa do meio ambiente como um dos fatores que levaram ao crescimento do PT e do PV na Amazônia.

22/11/2000

Agência Senado


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