Renan chama atenção para desigualdades brasileiras
Os indicadores sociais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana revelam, na opinião do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), as enormes desigualdades brasileiras. O senador apresentou em Plenário, nesta quarta-feira (18), dados sócio-econômicos do estudo do IBGE reveladores, como afirmou, de uma realidade diante da qual -não podemos fechar os olhos-.
Renan Calheiros deu especial destaque ao que qualificou de -vergonhosa desigualdade racial-. Segundo os indicadores, no grupo de 1% mais ricos do Brasil, 80% são brancos, enquanto, entre os 10% mais pobres, 70% são negros ou pardos.
- Nunca seremos uma sociedade democrática, enquanto um trabalhador negro receber metade do que ganha um trabalhador branco com o mesmo nível de instrução - afirmou o senador.
As desigualdades se revelam também, afirmou Renan Calheiros, no acesso à universidade. Segundo o estudo do IBGE, 60% dos estudantes das unidades mantidas pelo governo são filhos dos 20% mais ricos do país - por outro lado, pouco mais de 3% estão na faixa dos 20% mais pobres.
- Independente da faixa de renda, o estudo observa que as universidades e os cursos superiores são locais distantes para a nossa população - disse o senador.
Na avaliação do líder do PMDB, o levantamento fornece subsídios importantes para a discussão da reforma da Previdência, ao apontar que 54% dos trabalhadores não contribuem para o sistema de seguridade.
- A situação é mais alarmante no Nordeste, onde apenas 27% dos trabalhadores contribuem para o INSS - acrescentou.
O senador disse que seu partido está disposto a colaborar em um esforço nacional pela diminuição de desigualdades.
- Quero reafirmar a nossa disposição de colaborar na construção de alternativas que atinjam os objetivos mais prementes, como a busca por justiça social com a retomada do desenvolvimento, a geração de emprego e o combate à fome e à miséria - disse.
18/06/2003
Agência Senado
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