Senadores apóiam nova sistemática de cálculo do PIB pelo IBGE
Logo após a palestra do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, sobre a nova modalidade de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), vários senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) elogiaram os ajustes metodológicos introduzidos pelo instituto para adequação às recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU).
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que o trabalho realizado pelo IBGE de acompanhamento e aferição do crescimento do país é da maior importância. Na opinião de João Tenório (PSDB-AL), O IBGE é um órgão da maior importância para a vida nacional, pois oferece informações de qualidade para a sociedade como um todo. Já Jayme Campos (DEM-MT) observou que tem profunda admiração pelo trabalho realizado pelo instituto.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) perguntou ao presidente do IBGE se as organizações sem fins lucrativos são avaliadas pelo instituto e recebeu, como resposta, que pela base antiga de cálculo, elas eram ignoradas, mas a partir dessa nova sistemática, são também pesquisadas, ao lado de outros setores.
Ao questionar Eduardo Pereira Nunes sobre a regularidade das pesquisas de desempenho realizadas anualmente pelo IBGEem alguns setores da economia , o senador Adelmir Santana (DEM-DF) descobriu que alguns levantamentos são feitos até mensalmente, com o objetivo de obtenção de dados mais precisos.
- Fazemos pesquisas mensais na indústria e no comércio e estamos trabalhando para que no setor de serviços as pesquisas também passem a ser mensais - afirmou o presidente do IBGE.
Com relação à explicação de Eduardo Pereira Nunes sobre a nova sistemática de cálculo com base em moldes internacionais, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) questionou o presidente do IBGE se havia alguma disparidade na metodologia adotada no Brasil em relação aos demais países. Ouviu do presidente do instituto que, na América Latina, os sistemas mais avançados são adotados no Brasil, no México, na Colômbia e no Chile. Já na Argentina e na Venezuela, os respectivos sistemas de contas são mais simplificados, segundo Eduardo Pereira Nunes.
O presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), observou que o IBGE já vinha reformulando seu sistema de pesquisas econômicas desde a década de 90, mas, devido às altas taxas de inflação verificadas no país no período de 1980 a 1994, foi impossível implantar novos modelos no Brasil.
- Hoje, com a estabilidade econômica, estamos num caminho que permite essa nova sistemática adotada pelo IBGE - afirmou Mercadante.
Os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Jefferson Péres (PDT-AM) também participaram do debate.
10/04/2007
Agência Senado
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