SENADORES COMENTAM DECISÃO SOBRE CASO ESTEVÃO



A cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF) é uma prova de que "o Senado faz história todo dia", segundo declarou à saída do Plenário o senador José Eduardo Dutra (PT-SE). Ele acredita que a decisão da Casa reforça a crença da população nas instituições democráticas e não tem nenhum rastro de linchamento ou perseguição política.- Alguém em sã consciência pode imaginar que exista um complô liderado pelo Partido dos Trabalhadores, o procurador da República, Geraldo Brindeiro, membros do Judiciário de São Paulo, a Polícia Federal e a imprensa? - perguntou Dutra.Já para o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), o que houve foi justamente "um julgamento político". Ele observou que "todo homem público está sujeito a denúncias e dossiês", e que o melhor seria esperar a apuração pela Justiça das denúncias contra Luiz Estevão, antes de cassar-lhe o mandato.O senador Osmar Dias (PSDB-PR), entretanto, acredita que a decisão melhora a imagem do Senado, enquanto o senador Roberto Saturnino (PSB-RJ) disse simplesmente que o resultado foi "justo e esperado". O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) classificou o processo de cassação como "os momentos mais duros e intensos vividos pelo Senado", já que um membro da casa foi levado ao "holocausto" para servir de exemplo a outros poderes e setores da sociedade.De acordo com o senador Romero Jucá (PSDB-RR), o Senado respondeu "da melhor maneira possível ao que a sociedade esperava da Casa, tomando uma decisão amadurecida e por grande maioria". Já o senador Sérgio Machado (PSDB-CE), classificou a cassação como um "ato democrático e consciente". E a senadora Heloísa Helena (PT-AL) considerou que a decisão do Senado baseou-se nos autos do processo e na consciência de cada um dos parlamentares. Na opinião do senador Pedro Simon (PMDB-RS), mais uma vez o Congresso deu o exemplo ao punir um dos seus membros. Agora, conforme Simon, cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) fazer a sua parte, dando prosseguimento às investigações.- As decisões do Congresso, principalmente das CPIs, deveriam ter um tratamento mais ágil pelo Judiciário - afirmou Simon.

28/06/2000

Agência Senado


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