Senadores criticam burocracia e pedem melhorias na infra-estrutura



Na audiência com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Roberto Saturnino (PSB-RJ) e Lúcia Vânia (PSDB-GO) criticaram a burocracia existente no caminho dos produtores até que sejam concretizadas relações comerciais com empresas em outros países. Os senadores também defenderam maiores investimentos em infra-estrutura de transportes e de energia para garantir que o país consiga aumentar a sua produção de modo a atender a demanda externa pelos produtos nacionais.

Com diversos exemplos que demonstram como a burocracia atravanca a realização de negócios com o exterior, Suassuna pediu que o ministro do Desenvolvimento trabalhe no sentido de diminuir exigências ou de buscar soluções criativas para facilitar a assinatura de contratos de exportações. O senador elogiou a sugestão de Furlan para que parlamentares participem de missões comerciais a outros países. Suassuna defendeu ainda a montagem, pelo governo, de uma feira permanente ou shopping flutuante em um grande navio, que servirá para promover vendas e treinamento de gerentes para a exportação.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) lamentou que o ministério de Furlan tenha poucos recursos para atingir os seus objetivos. O parlamentar acha que a capacidade de produção não aumentará se não houver uma grande renovação no sistema de logística do país. Na mesma linha, Lúcia Vânia (PSBD-GO) disse não encontrar no governo ações estratégicas coordenadas que possam oferecer a segurança de que os resultados das exportações apontados por Furlan serão atingidos.

O ministro disse que a prioridade de investimentos será dada à resolução de problemas que impedem maior apoio à produção. Ele citou o porto de Paranaguá, em que investimentos devem ser feitos para acabar com a demora no escoamento da produção de grãos. A melhoria dos acessos rodoviário e ferroviário aos portos, como o de Santos e de Sepetiba, foi apontada por Furlan a Roberto Saturnino como uma solução. Ele disse que essa discussão deve ser feita em conjunto com o Congresso e pediu contribuições dos senadores.

A Lúcia Vânia, o ministro informou que Goiás foi escolhido como piloto para os projetos de estímulo às exportações. Ele garantiu que a equipe do governo está em processo de integração e que a utilização de recursos dos fundos constitucionais para a geração de emprego faz parte desse processo.

Em resposta a Saturnino, Furlan negou que o governo tenha retomado a meta de atingir US$ 100 bilhões em vendas ao exterior.

- Metas devem ter um pé no chão. Não lançamos metas que sejam apenas desejos - disse, acrescentando que o aumento das exportações pode ser atingido principalmente pela agregação de valor à produção nacional.

Sérgio Guerra também pediu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dê maior prioridade a investimentos no Nordeste como forma de redução das desigualdades regionais.



01/04/2003

Agência Senado


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