Senadores criticam proposta de Mercadante de fixar mandato do diretor-geral do Senado
Os senadores Papaléo Paes (PSDB-AP), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Mão Santa (PMDB-PI) criticaram em Plenário, nesta quarta-feira (4), uma minuta de projeto de resolução encaminhada pelo líder do PT, Aloizio Mercadante (SP) à Mesa, alterando o regulamento administrativo do Senado Federal para que seja definido um mandato fixo de dois anos para o diretor-geral da Casa.
O objetivo do projeto, segundo Mercadante, seria garantir a alternância necessária às boas práticas gerenciais e evitar possíveis vícios administrativos. Papaléo, no entanto, tachou a proposta de Mercadante de "medíocre e oportunista". Ele considerou ainda como infundadas as denúncias publicadas pela imprensa contra o ex-diretor-geral Agaciel Maia, que pediu demissão do cargo.
- Se quiserem fazer algum tipo de insinuação ou fofoca, façam conosco [senadores], porque temos microfone para falar, para nos defender, e não com as pessoas técnicas que estão aqui, anos e anos na Casa, trabalhando para manter a qualidade do Senado Federal - disse Papaléo.
Heráclito lembrou que a permanência de Agaciel Maia por 14 anos consecutivos no cargo de diretor-geral se deu em razão não apenas da escolha feita pelos presidentes do Senado, mas, sobretudo, devido à sua competência técnica para exercer a função.
- O fato de um diretor se perpetuar ou demorar muito tempo em um cargo depende de livre escolha do presidente da Casa. Nada impede que, a cada dois anos, na renovação da Mesa, os eleitos não façam essa mudança - disse Heráclito.
Mão Santa, que presidia a sessão, chamou a atenção para o fato de que o elevado valor da casa de Agaciel se dá mais em função da "supervalorização" do mercado imobiliário em Brasília, do que propriamente em decorrência dos custos de sua construção.
04/03/2009
Agência Senado
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