Senadores deixam para terça-feira pontos que podem receber mudanças



Sem a obstrução dos partidos de oposição, foram tranqüilas as sete horas de reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) desta quarta-feira (1º), que votou parte das emendas à reforma da Previdência. Por acordo, os líderes deixaram para a terça-feira (7) vários pontos da reforma que podem receber mudanças, entre eles o subteto salarial dos executivos estaduais.

A isenção da taxa previdenciária de 11% para aposentados que tenham completado 70 anos foi discutida, com manifestações de desagrado de alguns senadores. Essa isenção é reivindicada pelos partidos de oposição, mas foi o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), que prometeu lutar, em Plenário, para que esses aposentados fiquem isentos. Com a declaração, até senadores descontentes com outros pontos da reforma anunciaram que votariam com o governo, por causa da promessa.

- Sou contra, como virou moda aqui, mas voto a favor - afirmou em tom irônico o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), depois de ouvir uma série de votos favoráveis à derrubada de emendas, mas com declaração de concordância com a pretensão da emenda. Ante a interrogação do presidente da CCJ, Edison Lobão (PFL-MA), se o voto de Jeressati era contra ou a favor, ele repetiu sua frase, arrancando gargalhadas e descontraindo a reunião. Nada lembrava a tensa madrugada da quinta-feira da semana passada (25), quando a obstrução oposicionista arrastou a reunião da CCJ por quase 18 horas.

No geral, PSDB e PFL votaram contra o governo, enquanto a base governista (PT-PSB-PL-PTB) apoiou o relator da reforma, Tião Viana (PT-AC), que rejeitou todas as emendas em votação destacada. O líder do PDT, senador Jefferson Peres (AM), votou contra e a favor do governo, dependendo do assunto. -Nós não somos oposição ao governo. Somos independentes-, sustentou. Durante a reunião, os líderes governistas apresentaram requerimento para substituição do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) pela senadora petista Ideli Salvatti (SC) no posto de titular destinado ao bloco de apoio ao governo.

Em entrevista depois da reunião, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), reafirmou que a criação de uma fase de transição para quem está prestes a se aposentar -foi rejeitada por todos os governadores- e, por isso, -será difícil- aprovar alguma emenda com essa finalidade.

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01/10/2003

Agência Senado


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