Senadores discutem instalação de CPI para caso Waldomiro Diniz
Posições divergentes sobre a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias envolvendo o ex-assessor parlamentar da Casa Civil, Waldomiro Diniz, marcaram os debates no Senado nesta segunda-feira (16). Senadores oposicionistas defenderam a participação do Poder Legislativo na apuração dos fatos.
Integrante do PMDB, partido que apóia o governo, o senador Pedro Simon (RS) disse que o Executivo não deve impedir parlamentares - do PT ou de qualquer partido - de assinarem requerimento para a criação da CPI. Os senadores favoráveis à instalação da comissão também lembraram a tradição do PT de apoiar investigações no Parlamento. O senador Alvaro Dias (PR) anunciou a defesa formal de seu partido, o PSDB, à instalação da comissão, independentemente de apurações pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
- A instauração de inquérito não exclui a responsabilidade do Congresso em investigar, oferecer transparência e dar satisfação à nação sobre o caso - disse Alvaro Dias.
Outro ponto levantado pelos senadores foi a necessidade de aprovar o financiamento público das campanhas eleitorais. Contrário à CPI, pelo menos por enquanto, o senador João Capiberibe (PSB-AP) disse que a resposta do Congresso a fatos como o escândalo denunciado pelo revista Época seria a aprovação do financiamento público.
16/02/2004
Agência Senado
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