Senadores dizem que educação não é prioridade do governo
A educação ainda não é tema prioritário no país, na opinião dos senadores que participaram, nesta quinta-feira (10), da primeira reunião do Ciclo de Audiências Públicas promovido pela Comissão de Educação (CE) para debater as propostas para o setor educacional brasileiro apresentadas pela comissão e o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do governo, o chamado PAC da Educação. O senador Flávio Arns (PT-PR) disse que as prioridades estabelecidas pelo Orçamento da União refletem que a área não está entre os assuntos que preocupam o governo.
- Se achamos que algo é prioritário no país, olhamos o orçamento: o dinheiro significa concretização de uma idéia - disse Arns.
O presidente da CE, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), disse que embora o PAC da Educação estabeleça investimentos em educação da ordem de R$ 2 bilhões ao ano, na verdade, são R$ 850 mil de novos recursos. A maior parte dos valores a serem aplicados, disse, já estão contemplados em programas atuais.
Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), os valores destinados à educação básica são muito baixos, o que, para ela, demonstram que o setor não é prioritário para o governo.
- Se a prioridade é educação básica, o percentual está baixo. Os índices de investimento mostram a prioridade, mostram o rumo - disse a senadora.
Na opinião do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a reforma educacional deve contemplar procedimentos simples e eficazes. Para ele, deve haver prioridade de investimento em setores básicos da educação. Investimento em equipamentos modernos, disse ele, podem ser inadequados uma vez que as escolas, muitas vezes, não têm condições financeiras de realizar a manutenção de tais aparelhos.
10/05/2007
Agência Senado
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