Senadores elogiam debate sobre projeto que define crimes ligados à informática
- Nesse setor surgem a todo momento novos problemas que devem ser enfrentados com rapidez - afirmou Emilia. A senadora quis saber dos participantes da audiência se havia progressos no combate à pedofilia na Internet. E defendeu maior rigor na fiscalização da divulgação de mensagens racistas pela rede mundial de computadores.
Em resposta, o diretor-presidente da Associação dos Provedores de Acesso, Serviço e Informações da Rede Internet (Abranet), Roque Abdo, disse que o rastreamento de sites que divulgam pedofilia e racismo é bastante difícil. "Os crimes são praticados de forma nova e sofisticada", observou.
Abdo lembrou ainda que levou quatro anos a discussão de um recente acordo internacional de combate a crimes ligados à informática, celebrado por 29 países. Mesmo assim, a delegação dos Estados Unidos não concordou com a inclusão no documento de um dispositivo contra a divulgação do racismo, sob o argumento de que este seria contrário à emenda constitucional que garante liberdade de expressão aos norte-americanos.
O senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (PFL-BA) identificou no debate uma convergência sobre a necessidade de se adaptar a legislação existente aos novos temas ligados ao desenvolvimento da informática.
Por sua vez, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) considerou apropriada sugestão do diretor do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, Eustáquio Márcio de Oliveira, de que o projeto possibilite a interceptação de comunicações para a apuração de crimes ligados à informática. A audiência conjunta foi aberta pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Bernardo Cabral (PFL-AM), e depois presidida pelo senador Ricardo Santos (PSDB-ES), presidente da Comissão de Educação.
29/11/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Senadores elogiam debate sobre defesa da concorrência
QUINTANILHA DEFENDE PROJETO QUE PUNE CRIMES DE INFORMÁTICA
CE examinará projetos ligados à informática
Projeto que pune crimes pelo uso da informática segue para CAE
Projeto sobre crimes hediondos divide senadores
Azeredo apresenta ao Parlamento do Mercosul projetos sobre crimes de informática