Senadores homenageiam Corpo de Bombeiros Militar do DF



O Senado tem sessão especial nesta quinta-feira (26), às 10h, para comemorar o transcurso dos 152 anos de criação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. O requerimento solicitando a realização da sessão é de autoria do senador Adelmir Santana (DEM-DF).

Em julho de 1856, o inspetor do Arsenal de Marinha das Cortes, Joaquim José Inácio, apresentou uma exposição de motivos para a criação e implantação do Corpo de Bombeiros. A partir desse documento, o Ministério da Justiça elaborou o decreto imperial 1.775, assinado pelo imperador Dom Pedro II, promulgado no dia 2 de julho de 1856.

Esse decreto reuniu em uma só administração as diversas seções que até então existiam para o Serviço de Extinção de Incêndios nos Arsenais de Marinha de Guerra, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção, criando, portanto, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, sob a jurisdição do Ministério da Justiça.

O decreto 2.587, de 30 de abril de 1860, tornou definitivo o então Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, passando sua jurisdição para o Ministério da Agricultura, criado na mesma data e tendo como titular e organizador o almirante Joaquim José Inácio que, posteriormente, se tornou Visconde de Inhaúma. A partir desse período até 1881, o Corpo de Bombeiros adquiriu instrumentos para seu funcionamento e aperfeiçoamento e passou a ter efetivo de 300 homens.

Já no período republicano, a instituição teve, em 1894, sua primeira enfermaria. Nos anos posteriores, melhorou suas instalações, inaugurou uma farmácia em suas dependências e passou a fornecer aos bombeiros tratamento médico nos quartéis, obtendo ainda sua primeira ambulância, em 1899. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar do DF, uma das maiores façanhas registradas na história da instituição ocorreu em 1925, quando foi extinto um grande incêndio na Ilha do Caju (RJ).

Em 1930, por determinação do chefe do governo provisório, assumiu o comando da instituição o coronel Aristarcho Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 1935, a corporação combateu incêndios no antigo Terceiro Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha (RJ), patrulhou ruas da cidade e ajudou no combate às facções esquerdistas no país. Em 1942, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a corporação colaborou com as Forças Armadas e treinou turmas especiais de bombeiros civis e voluntários em cursos especializados de defesa passiva.

Em abril de 1954, o então presidente Getúlio Vargas assinou decreto instituindo o Dia do Bombeiro Brasileiro, celebrado até hoje no dia 2 de julho, e a Semana de Prevenção Contra Incêndios. Com a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, foi disposta a organização da corporação no Distrito Federal, em 1960. Nesse mesmo ano, conforme registros de arquivos da corporação e publicação de reportagem no jornal O Globo, ocorreu, no dia 14 de setembro, um grande incêndio na chamada Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante, cidade satélite de Brasília, que destruiu 25 casas comerciais.

Em 1966, a corporação passou a ter um efetivo de 1.238 homens. Nos anos que se seguiram, inaugurou postos e novas instalações no DF. Na década de 80, foi criada a Academia de Bombeiro Militar, a partir da realização de convênio da corporação em um projeto de cooperação com o Japão. As instalações estenderam-se a outras cidades-satélites e os bombeiros receberam, de uma missão japonesa, treinamento de técnicas de busca e salvamento e combate a incêndio. Além da corporação brasileira, também foram treinados nessa técnica, bombeiros da Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia.

23/06/2008

Agência Senado


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